O brasileiro Maciel Santos conquistou a medalha de bronze na bocha nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Na disputa pelo terceiro lugar da classe BC2 (paralisados cerebrais), ele derrotou o tailandês Worawut Saengampa por 4 a 3.
Foi a terceira medalha paralímpica de Maciel, que nasceu com paralisia cerebral e começou na modalidade aos 11 anos. Nos Jogos do Rio, em 2016, ele terminou com a prata nos pares. Em Londres, 2012, garantiu o ouro. O brasileiro também vem de grande atuação nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em 2019, quando terminou com o ouro no individual e a prata por equipes.
Horas depois, José Carlos Chagas venceu o português André Ramos por 8 a 2, na classe BC1. O brasileiro de 44 anos, assim como Maciel, vinha invicto até as semifinais, quando foi derrotado. Os dois, agora, voltam para as disputas por equipes, com o primeiro jogo do Brasil previsto para a noite desta quarta-feira.
Na bocha, todos os atletas competem em cadeira de rodas. Há quatro diferentes classes. No caso dos atletas com maior grau de comprometimento, é permitido o uso de uma calha para dar mais propulsão à bola.
Os tetraplégicos, por exemplo, que não conseguem movimentar os braços e as pernas, usam uma faixa ou capacete na cabeça com uma agulha na ponta. O calheiro posiciona a canaleta a sua frente para que ele empurre a bola pelo instrumento com a cabeça.