Após uma madrugada recheada de medalhas, na manhã deste sábado (28) o Brasil conquistou mais dois pódios nas Paralimpíadas de Tóquio. Uma no atletismo e outra na natação.
O atleta Cícero Nobre ficou com a medalha de bronze no lançamento de dardo da classe F57 (para cadeirantes), alcançando 49,56 metros. O ouro ficou com o atleta do Azerbaijão, Hamed Heidari.
Com 51,42 metros, Heidari ultrapassou sua melhor marca pessoal (44m) e estabeleceu o novo recorde mundial. A segunda colocação ficou com o iraniano Amanolah Papi, com 49,56 metros.
Durante a disputa, o brasileiro chegou a assumir a ponta, mas foi ultrapassado por Heidari e Papi. Essa é a primeira medalha do atleta em Paralimpíadas. Na Rio-2016, o brasileiro ficou em quarta colocação.
Na natação, o Brasil conquistou sua 10ª medalha. A equipe de revezamento misto 4x100m, da classe S14 (deficiência intelectual), ficou em quarto lugar na disputa, com o tempo de 3min51s23 .
Entretanto, o grupo brasileiro herdou o terceiro lugar do Comitê Paralímpico Russo, que foi desclassificado da competição. O ouro ficou com a Grã-Bretanha (3min40s63) e a prata com a Austrália (3min46s38).
O time verde e amarelo teve a participação dos nadadores Ana Karolina Soares, Debora Carneiro, Felipe Vila Real e Gabriel Bandeira.
Bandeira foi o destaque da equipe brasileira. O atleta abriu a disputa e completou os primeiros 100 metros na liderança, com direito à quebra do recorde mundial durante a sua passagem ao cravar 51s11 — a marca anterior (de 51s12) era do britânico Reece Dunn.
— A ficha (do recorde) ainda não caiu. A prova foi muito boa, doeu bastante, mais até do que os 200m livre, mas todo mundo deu o seu melhor — afirmou ao atleta durante entrevista ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Depois de dois dias com medalhas de ouro, o Brasil não conquistou o ponto mais alto do pódio neste sábado (28). Atualmente, o país ocupa a oitava colocação do quadro geral, com seis ouros, cinco pratas e 12 bronzes. Totalizando, 23 medalhas.