Com um jogador a menos desde o início do jogo, a seleção brasileira empatou em 0 a 0 com a Costa do Marfim neste domingo (25), no Estádio Internacional de Yokohama, pela segunda rodada do futebol masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O volante Douglas Luiz foi expulso, com o auxílio do VAR, aos 13 do primeiro tempo, o que dificultou para o Brasil. Ainda assim, a equipe mantém a liderança do Grupo D, com quatro pontos.
Em campo, o técnico André Jardine repetiu a escalação da estreia e, como era de se esperar, o Brasil começou o jogo buscando atacar a equipe africana. Com dois minutos, Richarlison chegou com perigo pela ponta esquerda e cruzou rasteiro, mas o goleiro Tape ficou com a bola. A resposta da Costa do Marfim veio no lance seguinte, com chute de Gradel para fora.
Depois de mais de 10 minutos de uma partida truncada, com poucas chegadas ao ataque de ambos os lados, a seleção se complicou com a expulsão de Douglas Luiz aos 13 minutos. O volante era o último homem da defesa e fez uma falta no adversário que ia em direção à área. Inicialmente, o árbitro Ismail Elfath aplicou o cartão amarelo, mas foi chamado pelo VAR e, após revisão do lance no monitor, deu o vermelho para o atleta brasileiro.
Mesmo com um a menos em campo, o Brasil era quem mais buscava o ataque — ainda que sem assustar o goleiro Tape. O time africano também tentava uma ou outra investida, igualmente sem levar grande perigo. A melhor chance da Costa Marfim saiu com o meia Kessié, do Milan, aos 31, que recebeu na área e bateu forte para a defesa de Santos.
Na reta final do primeiro tempo, a bola passou a ficar mais com os africanos, e a seleção brasileira tentava chegar em contra-ataques, especialmente pela direita, com Antony. As principais oportunidades, no entanto, eram da Costa do Marfim.
As duas equipes voltaram sem mudanças do intervalo. O Brasil, porém, tentou pressionar no início da etapa final, com boas combinações entre Antony e Claudinho. A grande chance para abrir o placar saiu aos 10 minutos, quando o meia do Bragantino achou Matheus Cunha dentro da área. O atacante dividiu com o zagueiro Kouassi e a bola passou muito perto do gol adversário.
O jogo, porém, seguia aberto. A seleção africana chegava em bolas áreas, mas parava no goleiro Santos. O time brasileiro respondeu na mesma moeda aos 16 minutos, quando Bruno Guimarães cruzou para Matheus Cunha, que cabeceou fraco, nas mãos de Tape.
Com um a menos, a seleção brasileira passou a administrar mais a posse da bola. Melhorou quando Daniel Alves deixou a lateral direita e passou a centralizar, iniciando as jogadas ofensivas do Brasil, já na segunda metade da etapa final.
Aos 28, Jardine trocou Antony e Matheus Cunha por Malcom e Gabriel Martinelli. Mas quem assustou mesmo foi Claudinho, aos 31, em belo chute de fora da área, defendido por Tape. Em seguida, nova substituição: saiu Richarlison e entrou Paulinho.
E logo Eboue Kouassi cometeu falta em Martinelli e levou o segundo cartão amarelo, sendo expulso aos 34 minutos do segundo tempo. Assim, as duas equipes ficaram com 10 homens em campo no fim. O Brasil ainda tentou a vitória com belo chute de Guilherme Arana, defendido por Tape. Mas o jogo terminou mesmo sem gols.
Agora, a seleção brasileira volta a campo na quarta-feira, às 5h (horário de Brasília), para a última rodada da fase de grupos das Olimpíadas contra a Arábia Saudita, no Estádio Saitama.