A Agência Russa de Antidoping (Rusada) anunciou nesta quinta-feira (19) sua intenção de recorrer da exclusão da Rússia das competições esportivas por manipulação de dados. A punição chamada de "injusta" pelo presidente Vladimir Putin. Formalmente, o Conselho de Vigilância da Rusada emitiu uma recomendação para recorrer destas medidas, que será apresentada assembleia geral até o fim de dezembro. Em seguida, será repassada à Agência Mundial Antidoping (Wada) para que a entidade a transmita ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).
— Decidimos não acatar a decisão da Wada — informou o presidente do Conselho de Vigilância da Rusada, Alexander Ivlev. — Acreditamos que nossos argumentos são suficientemente fortes, mas não darei um prognóstico sobre as chances da Rússia no TAS — completou.
A Rússia se viu proibida pela Wada de participar nos próximos quatro anos dos principais eventos internacionais, especialmente os Jogos Olímpicos de 2020 e 2022 e a Copa do Mundo do Catar de 2022. O país é acusado de ter manipulado os dados de amostras antidoping enviadas à Wada.
A exclusão da Rússia estabelece que somente atletas russos selecionados poderão competir, mas sob bandeira neutra e sem poder ouvir o hino nacional em caso de medalha.
Questionado nesta quinta sobre o tema, o presidente Vladimir Putin afirmou que seu país deveria poder participar de competições esportivas sob as cores da bandeira nacional, já que a Wada não tinha "nenhuma acusação concreta" contra o Comitê Olímpico russo, somente contra a Rusada.
O mandatário denunciou sanções "injustas", ilegais" e "desprovidas de bom senso" contra a Rússia.