O calendário nacional das competições paraolímpicas terá um dos seus principais eventos em abril. Entre os dias 9 e 12, no Rio, a Copa Loterias Caixa verá a disputa das etapas regionais para os atletas que buscam se credenciar ao sonho de disputar a Paraolimpíada de Tóquio, em 2020.
Um dos paratletas que está na batalha é o gaúcho João Hamilton. Nadador do Grêmio Náutico União, ele compete nos 400m livre na categoria amputados. E acredita que pode atingir o objetivo: em 2014, 2015 e 2016, João ficou com a medalha de bronze na fase Rio-Sul das seletivas brasileiras. Agora, aos 36 anos, pensa em buscar resultados ainda melhores.
— Estou treinando como nunca para conseguir uma vaga nas finais do Brasileiro, e bem focado nisso — disse o nadador.
João é amputado desde 2009. Em setembro daquele ano, ele sofreu um acidente de moto e perdeu a perna esquerda. O processo de reabilitação que o colocou no caminho das piscinas — e da chance de se tornar um atleta olímpico.
— Minha história com o esporte está diretamente ligada ao processo de amputação. Apesar de sempre gostar, só passei a me considerar um atleta depois disso. Hoje, tenho certeza que todo esse processo de reabilitação e de dedicação a uma prática esportiva contribui muito para quem eu sou hoje em dia, e para que novas oportunidades aparecessem — continou o paratleta, que é embaixador da Ottobock, empresa alemã líder na venda de órteses e próteses, que ajudou João no seu processo de reabilitação desde o início:
— Se não fosse toda a equipe de fisioterapeutas e médicos incentivando e nos trazendo novamente a autoestima, eu jamais teria descoberto na natação uma nova motivação. O uso de próteses adequadas também é um outro diferencial. Mesmo que nade sem ela, realizo outros treinos de resistência e força em que preciso de componentes adequados, e isso só foi possível durante o acompanhamento que recebi na Ottobock Clinical Services — completou.