O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020 anunciou nesta sexta-feira um novo corte de despesas com o megaevento, desta vez 10% em relação à versão inicial proposta. Agora, o custo total será de US$ 12,6 bilhões (R$ 41,9 bilhões).
O valor total previsto pelos japoneses está próximo do gasto dos Jogos Rio-2016, que chegou a R$ 41,06 bilhões. A redução afetará, em sua maior parte, os sistemas de transporte e as construções temporárias das instalações esportivas e outras infraestruturas.
Pela divisão dos custos, o Comitê arcará com US$ 5,6 bilhões (R$ 18,6 bilhões) do valor atual. Os restantes US$ 7 bilhões (R$ 23,3 milhões) caberão à gestão municipal de Tóquio e ao governo japonês.
A organização dos Jogos viu o faturamento aumentar em quase US$ 1 bilhão (R$ 3,3 bilhões) pela chegada de novos patrocinadores. A expectativa de receita com estas fontes chegou a US$ 2,9 bilhões (R$ 9,6 bilhões).
O Comitê Organizador explicou em comunicado que a redução foi causada para evitar o aporte de verbas públicas.
— Acredito que podemos dizer que cumprimos o orçamento, embora seguiremos trabalhando arduamente na redução dos custos — afirmou o diretor financeiro de Tóquio 2020, Hidemasa Nakamura.
Os organizadores atenderam assim a um pedido do Comitê Olímpico Internacional (COI), que solicitou que o Japão reduzisse o orçamento do evento em pelo menos US$ 1 bilhão.