A 21ª Vara Federal Cível de São Paulo determinou na tarde desta segunda-feira o afastamento do presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes Filho. Além dele, Sérgio Alvarenga (diretor financeiro), Ricardo de Moura (coordenador de natação) e Ricardo Cabral (coordenador de polo aquático) foram imediatamente afastados. A decisão foi decretada em caráter liminar.
Os membros afastados são acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo por fraude em licitação, superfaturamento e desvio de dinheiro público. O esquema foi descoberto pela operação Águas Claras e, segundo a MPF, o dinheiro seria destinado à compra de equipamentos e materiais para a preparação de atletas de maratona aquática, polo aquático e nado sincronizado para a Rio 2016. Segundo o órgão, os danos chegam a R$ 1.265.844,00.
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Além do afastamento, o juiz federal Heraldo Garcia Vitta determinou que a investigação continue em São Paulo, considerando que a maioria das empresas investigadas estão na cidade. O juiz determinou que o o Ministério do Esporte indique, urgentemente, um substituto para a presidência da CBDA, já que o vice também foi afastado sob a alegação de fazer parte da presidência.
O pedido do MPF para bloquear os bens dos envolvidos não foi acatado pelo magistrado.