O medalhista de prata da maratona olímpica, Feyisa Lilesa, não vai retornar à Etiópia mesmo após a garantia de que não será punido por seu protesto contra a repressão política em seu país. O empresário do atleta, Federico Rosa, disse não acreditar que haja qualquer forma de ele voltar para a Etiópia, já que "muitas pessoas disseram que seria melhor ele não voltar".
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Existe uma forte tendência de que o corredor vá buscar asilo político nos Estados Unidos. No domingo, Lilesa chegou em segundo lugar na maratona no Rio 2016 e cruzou os braços enquanto terminava a prova, fazendo um gesto simbólico em protesto à repressão política do regime etíope. O medalhista de 26 anos repetiu o gesto durante a cerimônia de premiação, dizendo que estava com medo de voltar para casa.
O porta-voz do governo da Etiópia disse, na segunda-feira, que Lilesa não encontraria nenhum problema caso voltasse para casa, contrariando o que o atleta falou no Rio sobre "ser morto ou colocado na prisão".