O Programa de Atletas de Alto Rendimento, que ficou conhecido após os atletas brasileiros começarem a prestar continência à bandeira nacional nos pódios, não deve se encerrar com o fim da Olimpíada Rio 2016. Atualmente, 145 dos 465 atletas brasileiros nos Jogos são militares, e já há um plano para o ciclo de Tóquio 2020, que inclui os Jogos Mundiais Militares de 2019.
– Temos tido muitas conversas com o Ministério do Esporte e com as confederações, e a ideia é de longo prazo. Não estamos trabalhando só para 2016, mas para 2020. Acreditamos que o futuro do esporte está na base – disse ao jornal Lance Carlos Chagas, comandante do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) da Marinha.
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Criado em 2008 e desenvolvido pelas Forças Armadas Brasileiras, a iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Defesa e o Ministério do Esporte onde são investidos cerca de R$ 18 milhões anuais entre salários e compra de equipamentos.
No sistema atual, atletas de alto rendimento se alistam de forma voluntária às Forças Armadas. Os competidores passam a receber todos os benefícios de militares – soldo (como é chamado o salário do militar), 13° salário, plano de saúde, férias, assistência médica, além de ter o direito de treinar nas instalações militares.
Como contrapartida, ficam elegíveis para participar de competições específicas, como os Jogos Mundiais Militares. Geralmente, os atletas são 3° Sargentos – com um salário de R$ 3.111,00 pelos números de agosto. Pelo nível de carreira, dificilmente seriam chamados em uma eventual guerra.