Olimpíada e Fabiana Murer não se bicam mesmo. De novo, a exemplo do que ocorrera em Pequim 2008 e Londres 2012, ela foi eliminada da final do salto com vara de forma decepcionante, falhando em três tentativas com o sarrafo a 4m55cm. Foi um anticlímax da noite anterior, em que Thiago Braz levou o ouro no masculino na mesma prova. O sonho de uma dobradinha brasileiro no salto com vara não durou 24 horas.
O estádio não acreditou quando ela erro a terceira tentativa. Se ouviu um "óóóó" longo. Perplexo, o público silenciou logo depois. Nem vaiou, nem aplaudiu. Aos 34 anos, essa foi a sua última competição como atleta, na medida em que prometeu se aposentar após os Jogos Rio 2016.
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A cena de Fabiana, que veio para a Olimpíada em grande fase, como uma das candidatas ao ouro, arrumando o seu equipamento para ir embora mais cedo, foi comovente. Ela chorava, por detrás dos óculos escuros. É mesmo surpreendente o que acontece com Fabiana. Ela tinha igualado a sua melhor marca da carreira no mundial de Pequim (4m85cm), quando ficou com a prata, atrás apenas da cubana Yarisley Silva.
A sua temporada era para pódio. Imaginava-se que a ausência da russa recordista mundial Yelena Isinbaeva tornaria a sua chance de medalha uma realidade ainda mais forte, quem sabe até ouro. Mas de novo ela se mostrou nervosa durante a fase de aquecimento de preparação, como as imagens de TV mostraram.
Em Pequim 2008, ela perdeu por erro alheio. Sumiram com a sua vara de saltar, uma falha da organização. Em Londres 2012, aí sim ela recebeu muitas críticas. Desistiu de competir em razão do vento. E, agora, em casa, teve um desempenho muito abaixo de outras marcas conquistadas por ela.
Joana Costa, outra brasileira no salto com vara, também se despediu dos Jogos na fase classificatória. Ela passou nos 4m15cm, mas não dos 4m30cm.
*ZHESPORTES