A seleção masculina de vôlei está na semifinal. Nesta quarta-feira, no Maracanãzinho, venceu a Argentina por 3 sets a 1 (25/22,17/25, 25/19 e 25/23) em 1h45min minutos e garantiu a vaga. O passe para brigar pelo ouro virá do jogo contra a Rússia, na noite de sexta-feira.
Brasil e Argentina é clássico até em disputa de jogo da velha. Imagina no vôlei, em que os brasileiros são temidos, embora a campanha vacilante na fase classificatória, e os argentinos chegam com uma campanha irrepreensível, em que fecharam como líderes do seu grupo, à frente das respeitáveis Rússia e Polônia.
Leia mais:
Nadadores americanos são impedidos de embarcar pela polícia no Rio
Larissa e Talita perdem bronze para dupla dos EUA no vôlei de praia
Jamaicana Elaine Thompson fatura o ouro nos 200m rasos
O primeiro set mostrou o equilíbrio entre as duas rivais. A Argentina vendeu caro a derrota por 25 a 22. O lendário Julio Velasco, homem com o nome no hall da fama do vôlei e que colocou a Itália entre as melhores do mundo nos anos 90, montou um time forte no ataque e firme na defesa. O Brasil ficou atrás no placar em boa parte do set. Só tomou a dianteira na reta final e fechou com erro de De Cecco na recepção.
Como se vê argentino nas arenas do Rio como se estivesse caminhando na 9 de Julio, é claro que travou-se uma batalha de torcidas. Os brasileiros, em maior número, abafavam os cânticos dos hermanos com uma comparação futebolística e lembrando dos problemas passados dos maior ídolo deles:
- Mil gols, mil gols, mil gols... Só Peléééééé... Maradona cheiradooooor.
Em quadra, os argentinos nem se abalaram. Apostaram nas mãos firmes de Sole e Conte e abriram vantagem de cinco pontos na metade do segundo set. Os voos e as cravadas de Wallace e Lucarelli já não redundavam em pontos. Bernardinho mandou à quadra Evandro e Maurício. Usou também Maurício Souza e seus 2m9cm. Não resolveu. Enquanto Lucarelli recebia massagem em um canto da quadra, a Argentina fechou em 25 a 17 em 24 minutos. O ataque brasileiro teve aproveitamento de 21%, e isso explica muito o placar, assim como os nove pontos dados de graça.
No terceiro set, com Wallace de volta e Lucarelli ainda de fora, o Brasil melhorou seu aproveitamento ofensivo. Na largada, abriu vantagem de cinco pontos. E a manteve até o final. Fechou em 25 a 19 em 28 minutos, graças ao pedido de desafio de Bernardinho, que viu toque na rede do argentino.
O quarto set, como não poderia ser diferente, começou com os argentinos concentrados e com voracidade no ataque. Era o set da vida para eles. Saíram na frente, mas os brasileiros buscaram a igualdade no 9 a 9. O suficiente para o Maracanãzinho irrompeu em um rugido estrondoso. Bernardinho chamou Lucarelli outra vez, no lugar de Lipe – que saiu machucado –, em busca de variação ofensiva. A mudança surtiu efeito, e o Brasil amassou a Argentina para fechar o jogo em 3 sets a 1.