O técnico Bernardinho deixou uma dúvida no ar quanto à sua permanência no comando da seleção brasileira de vôlei, após a conquista da medalha de ouro na Olimpíada 2016 sobre a Itália, por 3 sets a 0. Ele pediu para não ser procurado por nenhum jornalista e avisou que vai andar muito de bicicleta e pensar na vida. E adiantou que não pretende concorrer nas próximas eleições e nem nas seguintes:
– Não me procurem. São 23 anos sem respirar, emendando uma competição na outra. Tenho de pensar. O fundamental é que deixo uma geração pronta.
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Durante a entrevista após a final, ele deu várias tintas de que pensa em sair. Insistiu que não está criando clima de mistério, mas se sente devedor de muitas pessoas, especialmente no plano familiar.
– Talvez seja a hora de dar mais atenção ao lado pessoal e familiar, estando mais presente. Não conseguiria viver sem uma quadra de voleibol, mas há momentos de sua vida nos quais é necessária parar e pensar – advertiu Bernardinho, que esteve no pódio de todas as Olimpíadas desde 1996, treinando tanto a seleção feminina quanto a masculina.
Mas o mistério ficou maior ainda quando ele falou em um provável sucessor:
– Ninguém é insubstituível.