Com um segundo set irreconhecível, Agatha e Bárbara perderam por 2 a 0 (18/21 e 14/21) para as alemãs Walkenhorst e Ludwig, deixando escapar mais uma medalha de ouro brasileira, desta vez no vôlei de praia. A certa altura, parecia futebol, naquele nefasto 7 a 1.
A Arena de Copacabana recebeu lotação máxima, de 12 mil pessoas para ver as alemãs chorarem de emoção com a vitória que não imaginavam tão fácil. As brasileiras também foram às lágrimas, só que de decepção pelo péssimo desempenho. Só alguns assentos, atrás dos placares eletrônicos de dentro da quadra e, portanto, sem visibilidade alguma, restaram vazios na arena.
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O grito preferido da torcida era o clássico:
– Le, leleô, leleô, leleô, Brasil!
A derrota se consumou até na torcida quando começou o chama-derrota:
– Eu acredito! Eu acredito!
O primeiro set até começou bem para o Brasil, graças aos ataques de Agatha, mas a dupla alemã equilibrou as ações e abriu quatro pontos em 17 a 13, nos bloqueios de Walkenhorst e nos erros de Bárbara. E aí ficou difícil buscar o set e o jogo.
O vento aumentava os erros de saque para os dois lados, tornando a partida ainda mais imprevisível. Agatha e Bárbara até dimuíram a diferença, mas perderam o primeiro set em 21 a 18.
No segundo set, pressão total para o Brasil, que tinha de vencer para empatar o jogo e não ver o ouro se perder no vento carioca. Mas Agatha, Barbara e a torcida sentiram. Ancoradas nos bloqueios de Walkenhorst e nos erros de saque da dupla brasileira, as alemãs massacraram. Fecharam o jogo e ganharam o ouro com 21 a 14, sete pontos de vantagem, ainda por cima com um erro bisonho de saque de Talita.
Se o Brasil conquistasse o ouro, pularia da 17ª para a 13ª colocação no quadro geral de medalhas dos Jogos. Uma prata com sabor amargo.