A passagem da Tocha Olímpica por Porto Alegre, nesta quinta-feira, promete trazer polêmica. Com o nome "Boicote a Tocha Olímpica", um evento criado no Facebook convida os gaúchos a apagarem a chama do fogo olímpico, que já se encontra no Estado.
Cerca de 1,2 mil pessoas já confirmaram presença na mobilização, e outras 2,9 mil manifestaram interesse. Nos detalhes sobre o evento, a organização cita a desigualdade no país e a morte da onça Juma em Manaus.
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"Alto Índice de desempregos. Valores exorbitantes gastos para sediar o retrocesso ao nosso país. Pelas comunidades desalojadas. Por a morte injusta de Juma. Apague a tocha!!! Que comece a corrida", escreveu.
Em coletiva realizada na manhã desta terça-feira na Prefeitura Municipal de Porto Alegre para tratar dos detalhes do revezamento na Capital, que ocorre na quinta-feira, o comandante da Brigada Militar Mário Ikeda falou sobre a possibilidade de tentativas de boicote à Chama Olímpica e as consequências do ato.
– Nós gostaríamos de alertar às pessoas que o ato de apagar a tocha não é brincadeira. Conforme a situação, poderá ser um crime, já que causa dano a um evento e a um patrimônio público do Brasil. Estas pessoa que estão brincando que vão apagar a tocha poderão ser presas e responder por esse ato – declarou.
Procurado por ZH, o organizador do evento Alexandre Lentz Silva afirmou que o objetivo não é apagar a tocha sem violência.
– Apagar a tocha seja da maneira que for, mas não de forma violenta. Recomendaria as autoridades levar uma roupa extra porque saíram encharcados – afirmou Alexandre.
Sobre as consequências do ato e uma possível prisão, o organizador garante:
– Para que temer? Estamos exercendo nossos direitos e insatisfação. Não estamos contra a polícia militar ou contra os atletas, e sim contra a má gestão do governo federal.
*ZHESPORTES