Lucas Lee é um dos principais golfistas do Brasil e sonha com uma vaga olímpica. Natural de São Paulo, mudou-se aos 11 anos para os Estados Unidos com o desejo de treinar. Entrou na universidade como atleta e, atualmente, disputa o PGA Tour, elite do esporte no mundo.
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Como surgiu o interesse pelo golfe?
Meu pai jogava, então eu já conhecia o esporte. Conhecia o básico, mas não as regras. Fui para os Estados Unidos com 10 anos para passar as férias com meus tios e primos. Comecei a fazer aula, aprender as regras. Voltei para São Paulo e quis continuar jogando. Não era sério. No máximo, uma ou duas vezes por mês. Depois de um ano, meu pai perguntou se eu queria morar nos Estados Unidos. Com 11 anos, eu fui morar com meu tio e comecei a jogar mais sério. Foi na universidade que eu adquiri bastante experiência, joguei bastantes torneios, joguei com os melhores amadores do mundo e vi que tinha potencial para ter isso como carreira.
O seu maior objetivo é participar da Olimpíada ou ter determinado rendimento no PGA Tour?
No momento, eu gostaria de jogar bem e continuar minha carreira no PGA. Meu objetivo era entrar, agora que estou dentro, eu quero ter uma longa e boa carreira. Para falar a verdade, quero jogar bem no PGA para jogar a Olimpíada, uma coisa ajuda outra. Não estou dentro da zona de classificação olímpica por enquanto, preciso adquirir isso.
Você acredita que pode haver um crescimento da popularidade do golfe no Brasil?
Acredito que tendo a Olimpíada já vai gerar interesse, não é um esporte fácil de jogar. Parece ser fácil porque a bola está parada, você não corre. Mas quando as pessoas veem que envolve muita técnica, cálculo, elas vão se interessar. Não sei quanto tempo vai demorar para se popularizar, mas acho que tem chance de ficar popular se começar a ter mais campos públicos, com mais acesso. Os instrumentos são bem caros, mas tem lojas nos Estados Unidos que vendem materiais usados, que um amador pode comprar barato. Este tipo de sistema vai ajudar. Moro nos Estados Unidos ainda, em Los Angeles, estive no Brasil para jogar um torneio. Eu tenho sorte suficiente de ter acesso a qualquer clube, mas em termos de técnico morar nos Estados Unidos ainda é importante. Tem campos em que você pode treinar, mas não seria a mesma coisa.
*ZHESPORTES