Obcecado por recordes, Novak Djokovic terá que aguardar mais um pouco pela marca de 100 títulos, feito que apenas o americano Jimmy Connors (109) e o suíço Roger Federer (103) conseguiram alcançar até hoje. Nesta sexta-feira (3), nas quartas de final do ATP 250 de Brisbane, na Austrália, o sérvio foi superado por Reilly Opelka, atual 293º do ranking mundial.
O tenista americano já chegou a ser o 17º do mundo em fevereiro de 2022, antes de ser obrigado a parar por dois anos e meio para tratar um tumor benigno no quadril, seguido de uma lesão no tendão do punho direito. Os problemas de saúde o fizeram pensar em abandonar a carreira, mas Opelka voltou às quadras em julho do ano passado, quando fez uma semifinal no ATP 250 de Newport, na Inglaterra.
O retorno foi difícil, com o tenista acumulando nove derrotas em 12 jogos após a retomada. Mas em Brisbane, o cenário mudou e o dono de quatro títulos no circuito voltou a jogar em alto nível. Após duas vitórias, encarou Djokovic pela primeira vez na carreira e saiu vencedor.
Com um jogo sólido e aproveitando sua estatura e a força de seu saque, Opelka aplicou 16 aces contra o ex-número 1 do mundo e garantiu a vitória por 2 a 0, parciais de 7/6 (8/6) e 6/3, após uma hora e 39 minutos de partida. Com a derrota, o sérvio viu a chance de chegar ao centésimo título adiada mais uma vez. Sua última conquista foi a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris.
O adversário de Reilly Opelka na semifinal será o francês Giovanni Mpetshi Perricard, de apenas 21 anos e 30º do mundo, que passou pelo tcheco Jakub Mensík por 7/5 e 7/6 (7/5).
Segundo cabeça de chave, o experiente búlgaro Grigor Dimitrov também está na semifinal. Após vencer o set inicial contra Jordan Thompson por 6/1, o tenista de 33 anos viu o adversário abandonar o segundo set, quando liderava por 2/1. O australiano sentiu dores na panturrilha e preferiu abandonar a quadra para não agravar o problema.
Em busca de seu terceiro título no torneio, Dimitrov vai encarar outro tcheco nas semifinal. Jiri Lehecka, que passou pelo chileno Nicolás Jarry, com um duplo 6/4.