A Justiça da Argentina autorizou a remoção do corpo de Diego Maradona de um cemitério particular para um mausoléu público que está em construção em Buenos Aires. As autoridades decidiram atender a um pedido das filhas jogador. O tribunal em San Isidro emitiu a decisão nesta terça-feira.
— Sempre soubemos que o lugar dele era com as pessoas, mas também entendíamos que todas as garantias de segurança eram uma prioridade. O que queremos é que aqueles que o amam possam ir e mostrar seu amor a ele e deixar algumas margaridas — disse Dalma Maradona, uma das filhas do craque argentino, em seus canais de mídia social.
Considerado por muitos o maior jogador da história da Argentina, Maradona foi o grande nome da seleção de seus País na conquista do título da Copa do Mundo de 1986, no México. De acordo com a autópsia, a causa da morte foi um "edema pulmonar agudo secundário à insuficiência crônica agudizada".
O corpo de Maradona foi enterrado no cemitério Jardín de Bella Vista, que fica cerca de 50 quilômetros de distância da capital Buenos Aires.
O tribunal concedeu os direitos de remoção aos cinco filhos de Maradona devido a "razões humanitárias e emocionais". Também acrescentou que sua família deve decidir quando fazer o traslado do corpo.
Os restos mortais do jogador vão ser transferidos para um mausoléu que será chamado de "M10 Memorial", e foi introduzido em 2023 em uma cerimônia com a presença da maioria dos filhos de Maradona. Um panteão está sendo construído no bairro nobre de Puerto Madero.
A morte do camisa dez continua sendo alvo de suspeitas e vem sendo investigada. Um relatório divulgado em 2021, a pedido do Departamento de Justiça da Argentina, indicou que o Maradona teria morrido por falta de cuidados da equipe médica responsável pelo seu estado de saúde.
Oito pessoas, incluindo médicos e enfermeiros, devem ir a júri por sua suposta responsabilidade na morte de Maradona devido a uma parada cardiorrespiratória.