Cerca de 40% dos atletas olímpicos passaram por um exame antidoping durante os Jogos de Paris, com cinco resultados positivos detectados, informou nesta quinta-feira (19) a Agência Internacional de Testes (ITA), responsável pelo programa antidoping no evento.
No total, foram obtidas 6.130 amostras (urina, sangue e sangue seco) em 4.770 testes de 4.150 atletas, segundo o comunicado da ITA, que explicou que esta foi a "maior proporção" de esportistas analisados na história dos Jogos.
Os testes foram realizados entre a abertura da Vila Olímpica, em meados de julho, e a cerimônia de encerramento dos Jogos, em 11 de agosto.
A ITA fez "cerca de dois terços" dos testes durante as competições em si e o resto fora. Entre os países mais testados estão Estados Unidos, França, China, Austrália e Grã-Bretanha. O Brasil foi o nono país mais testado.
Além disso, a ITA iniciou uma programação de testes várias semanas antes dos Jogos, um período de alto risco de doping, com cerca de 90% dos aproximadamente 10 mil participantes dos Jogos que passaram por exames pelo menos uma vez.
Nesse período, foram detectadas mais de 40 violações das regras antidoping.
Os resultados positivos em Paris foram do iraquiano Sajjad Sehen (judô), da nigeriana Cynthia Ogunsemilore (boxe), do afegão Mohammad Faizad (judô), do congolês Dominique Mulamba (atletismo) e a boliviana María José Ribera Pinto (natação).
Nos Jogos de Tóquio, disputados em 2021, foram contabilizados seis casos de doping.
Criada em 2018 e financiada em parte pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), a ITA planeja, organiza e gerencia os resultados dos testes antidoping durante os Jogos. O órgão também é responsável pelo Tour de France e outros eventos de alto nível.
* AFP