O lance que ocasionou o segundo pênalti para o Flamengo no Mané Garrincha, em Brasília, no sábado (20), gerou muitos protestos dos jogadores do Criciúma e do técnico Cláudio Tencati dentro de campo. A segunda bola atirada no gramado pela torcida carioca acabou chutada por Barreto na outra, que estava em jogo, dentro da área, e o árbitro anotou pênalti. Apesar da intensa reclamação, foi uma decisão acertada, segundo o regulamento.
Maguielson Lima Barbosa mostrou convicção ao anotar o pênalti no lance e foi rodeado pelos revoltados jogadores do Criciúma. Alguns pareciam desconhecer a regra da penalidade, enquanto outros cobravam que o jogo tivesse sido paralisado com a segunda bola atirada em campo. Houve acerto nas duas decisões, contudo, embora o árbitro pudesse paralisar a partida ao observar a segunda bola no campo.
A regra traz um artigo que fala sobre "se uma bola adicional, outro objeto ou um animal entrar em campo durante o jogo".
"Neste caso, o árbitro deve: paralisar o jogo (e reiniciá-lo com uma bola ao chão) somente se houver interferência no jogo — a menos que a bola estiver entrando na meta e a interferência não impedir um jogador defensor de tocar na bola; neste caso, o gol deverá ser validado se a bola entrar na meta, ainda que tenha havido contato com ela, exceto se a interferência for de um integrante da equipe atacante".
Há um complemento no qual o Criciúma se achou injustiçado. Os catarinenses acham que a segunda bola atrapalhou.
"Permitir que o jogo continue se não houver interferência, e ordenar a retirada do objeto e/ou do animal na primeira oportunidade."
Outra parte da regra explica como deve ser anotada as faltas neste caso.
"É falta direta quando: arremessar um objeto na direção da bola, de um adversário ou de um membro da equipe de arbitragem, ou tocar na bola com um objeto", diz.