O sérvio Novak Djokovic, número 2 do mundo, se classificou nesta segunda-feira (8) para as quartas de final de Wimbledon ao vencer com facilidade o dinamarquês Holger Rune, 15º do ranking, por 3 a 0, parciais de 6/3, 6/4 e 6/2, em jogo que teve 2h03min de duração.
Aos 37 anos, Nole busca seu oitavo título no tradicional torneio londrino para igualar o recorde masculino de Roger Federer e aumentar para 25 o seu total de troféus de Grand Slams, enfrentará o australiano Alex De Minaur, nono da ATP, na próxima fase. Esta é 60ª vez na carreira que ele fica entre os oito melhores de um Major, duas a mais que o segundo colocado na lista, o suíço Roger Federer.
De Minaur se classificou ao derrotar o francês Arthur Fils por 6/2, 6/4, 4/6 e 6/3, também nesta segunda, e disputará esta fase de um Grand Slam pela terceira vez na carreira.
Novak Djokovic continua jogando com uma joelheira cinza na perna direita, depois de ter sido operado há quase um mês, devido a uma lesão que o obrigou a abandonar antes de disputar a partida das quartas de final em Roland Garros.
Tanto na segunda quanto na terceira rodada, contra o britânico Jacob Fearnley (277º) e o australiano Alexei Popyrin (47º), respectivamente, o sérvio havia perdido um dos sets e passou por momentos de dúvida.
Desta vez tudo funcionou melhor para ele e foi justamente quando o torneio começou a ficar mais sério e contra um jogador que ocupa a 15ª posição no ranking mundial. 'Djoko' elogiou o jovem Rune, de 21 anos, após eliminá-lo.
— Ele me parece um jogador pronto para grandes coisas. É um jogador espetacular, sem dúvida. É um adversário muito complicado — comentou o sérvio.
Djokovic se mostrou crítico ao que considerou falta de respeito de uma parte da torcida durante a partida.
— A todos os torcedores que foram respeitosos esta noite, agradeço do fundo do coração. Agradeço muito. Aos que optaram por desrespeitar o jogador, neste caso tenham uma boa noite — disparou o tenista, imitando os cantos ouvidos.
O entrevistador de TV disse que alguns fãs estavam gritando "Ruuune!" e não vaiando, como Djokovic havia entendido. Mas o sérvio insistiu.
— Sim, eles estavam. Eu não estou aceitando isso. Não, não... Eu sei que eles estavam torcendo por Rune, mas isso é uma desculpa para vaiar também— disse ele.
Fritz sofre, mas vence Zverev
Mais cedo o americano Taylor Fritz, número 12 do mundo, se classificou para as quartas ao bater o alemão Alexader Zverev, quarto pré-xlassificado, de virada, com parciais de 4/6, 6/7 (4), 6/4, 7/6 (3) e 6/3, em três horas e 29 minutos.
O próximo adversário do americano de 26 anos será o italiano Lorenzo Musetti (25º), que eliminou o francês Giovanni Mpetshi Perricard (58º) com uma vitória por 3 sets a 1 (4/6, 6/3, 6/3 e 6/2).
Por sua vez, Zverev fica novamente pelo caminho em Wimbledon, onde nunca conseguiu passar das oitavas de final em suas oito participações.
O tenista alemão continua em busca de seu primeiro título de Grand Slam. Em junho, foi vice-campeão de Roland Garros, perdendo a final em cinco sets para o espanhol Carlos Alcaraz. No US Open, também foi finalista em 2020, caindo então diante do austríaco Dominic Thiem.
— Por causa do joelho, senti que ele (Zverev) não estava se movimentando bem no quinto set— admitiu Fritz, que passou algum tempo conversando com o alemão na rede após a partida.
Esta será a segunda vez na carreira que o tenista de 26 anos irá disputar esta etapa em Londres. Em 2022, ele foi derrotado por Rafael Nadal em cinco sets.
— É um sonho, virar depois de perder dois sets, na quadra central. Apesar de começar perdendo por dois sets a zero, senti que estava jogando bem, então me concentrei para vencer o terceiro set e depois venci um por um, acreditando que poderia ganhar"— explicou o jogador californiano.
* AFP