O Santos continua jogando mal longe da Vila Belmiro e fracassou em nova missão de voltar ao G-4 da Série B ao ficar no empate com o Mirassol, por 0 a 0, fora de casa. E não fosse o goleiro Gabriel Brazão, responsável por três grandes defesas, a situação santista poderia ter sido pior.
Uma vitória faria o Santos subir para a terceira posição, ultrapassando Operário-PR e Vila Nova-GO. Mas a apresentação novamente foi ruim. Agora, a equipe volta as atenções para embate com a instável Chapecoense, segunda-feira, na Vila Belmiro.
Para este jogo, Fábio Carille não poderá contar com o lateral-esquerdo Escobar, suspenso por acúmulo de cartões e terá de ver a gravidade do problema na coxa esquerda de Guilherme, substituído no intervalo em Mirassol.
Pelo segundo jogo seguido, Carille conseguiu mandar a campo aquele que considera seu Santos ideal no momento, com Pedrinho e Guilherme aberto pelas beiradas e Furch como centroavante. Diante do Goiás (2 a 0) deu certo apenas no fim, com os gols saindo após os 35 minutos. Ocorre que os atacantes estavam retornando de lesão e ainda carentes de um melhor ritmo de jogo.
Após uma semana de treinos intensos, Carille confiava ter a equipe mais encorpada para ganhar o confronto direto por vaga no G-4. O empate não servia a ninguém, o que prometia embate aberto. O técnico santista não escondia, entretanto, que era necessária certa cautela diante de um mandante empolgado e que daria trabalho.
Por causa da terceira camisa do Mirassol, toda preta, o jogo atrasou alguns minutos pelo fato do uniforme azul-marinho do goleiro Gabriel Brazão, do Santos. A arbitragem falhou ao não comunicar os santistas antes de a bola rolar. Ele trocou por uma cinza clara.
A bola rolou e o Mirassol logo adotou postura para ser o protagonista da noite ao subir linhas e tentar jogar no campo ofensivo. Fernandinho assustou de cara. A resposta veio com cabeçada de Guilherme nas mãos de Alex Muralha.
O atacante deu um susto aos 25 minutos, após acusar dores na coxa direita - ficou um tempo fora da equipe por problema na perna esquerda. Saiu de campo de maca, mas retornou, com Otero já aquecendo para entrar no que mudaria o esquema tática.
O Mirassol voltou a crescer na etapa e Gabriel Brazão salvou o Santos com três defesas gigantes. O goleiro voou em cobrança de falta de Danielzinho que ia no ângulo e depois espalmou a batida no cantinho de Isaque. Antes do intervalo, salvou na batida colocada de Dellatorre.
Insatisfeito com a apresentação dos 45 minutos iniciais, Carille mudou em dose tripla no intervalo. Guilherme deu lugar a Otero para não agravar o problema muscular, já Rodrigo Ferreira e Patrick entraram pela direita em tentativa de frear a boa apresentação de Fernandinho pelo setor.
Até então pouco produtivo na frente, o Santos deu o primeiro susto em bomba de Diego Pituca e boa defesa de Muralha. Depois de ser envolvido, o Santos resolveu rechear o meio e isolou Furch no ataque. A ideia de Carille era ter mais a bola nos pés e quase seu centroavante abriu o marcador. A cabeçada parou na trave.
Fernandinho continuou aprontando pela esquerda, mas o Santos já não permitia finalizações perigosas. O Mirassol começou a investir nos cruzamentos, e Gabriel Brazão também se destacou cortando o que vinha pelo alto, garantindo, ao menos, um ponto em nova apresentação de pouco futebol da equipe praiana.
FICHA TÉCNICA
MIRASSOL 0 x 0 SANTOS
MIRASSOL - Alex Muralha; Lucas Ramon, João Victor (Lucas Gazal), Luiz Otávio e Warley; Danielzinho, Gabriel e Isaque (Quirino); Negueba (Chico Kim), Fernandinho (Alex Silva) e Dellatorre. Técnico: Mozart.
SANTOS - Gabriel Brazão; JP Chermont (Rodrigo Ferreira), Joaquim, Gil e Escobar (Hayner); João Schmidt, Diego Pituca e Giuliano; Pedrinho (Patrick), Furch (Willian Bigode) e Guilherme (Otero). Técnico: Fábio Carille.
CARTÕES AMARELOS - Escobar, Giuliano e Willian Bigode (Santos) e Alex Silva (Mirassol).
ÁRBITRO - Paulo César Zanovelli da Silva (MG).
RENDA - R$ 414.400,00.
PÚBLICO - 7.432 presentes.
LOCAL - Estádio José Maria de Campos Maia, em Mirassol (SP).