A nadadora gaúcha Viviane Jungblut fez história nesta quarta-feira (25), no Centro Acuático do Estadio Nacional em Santiago, no Chile, ao conquistar a medalha de bronze nos 1.500 metros livre. A conquista ocorreu em um prova muito disputada desde as primeiras braçadas e que teve algumas trocas de liderança entre a atleta do Grêmio Náutico União, a também brasileira Bia Dizotti, a chilena e ídolo local Kristel Köbirch e a norte-americana Rachel Stage.
Diante de um público que delirava pela veterana Kristel, 38 anos, que chegou a carregar a tocha pan-americana na cerimônia de abertura dos Jogos, na última sexta-feira (20), as brasileiras tomaram a dianteira, com Bia na frente e Viviane em segundo. Depois, a gaúcha tomou a liderança com a chilena crescendo e avançando para a segunda posição, até conquistar a ponta.
Ao mesmo tempo Stage mantinha ritmo forte e preparava o ataque na parte final da prova. E a norte-americana de 20 anos foi superando as três adversárias até vencer o duelo com Köbrich na última piscina e levar o ouro. A prata teve um gosto de decepção para os chilenos, enquanto a nadadora gaúcha fazia história e se tornava a primeira brasileira a subir no pódio dos 1.500m em Jogos Pan-Americanos.
— Medalhar nas duas provas de fundo (800m e 1.500m) é uma satisfação, uma felicidade a mais. Na verdade, a minha preparação está para os 10 km (maratona aquática). Pra mim nadar essas provas de piscina é um pouco mais difícil, principalmente no começo. Tenho dificuldade de abrir forte, perco contato com as líderes, saio da disputa e fica mais difícil recuperar. Isso tem que ser melhorado. Mas agora o objetivo é a maratona. É descansar porque domingo tem mais (10km) — comentou Viviane.
Agora, a nadadora do União soma quatro medalhas em Jogos Pan-Americanos. Em Lima-2019, ela foi bronze nos 800 m e também na maratona aquática de 10 km. Aqui no Chile, faturou as medalhas na piscina.
De olho em uma vaga nos Jogos de Paris na prova de águas abertas, Viviane Jungblut irá em busca de pódio na maratona em Santiago, que servirá como um teste de luxo na caminhada olímpica.
— O objetivo vai ser a medalha, ganhar prova, que será forte. Tem a Ana Marcela, a argentina Candela Giordanino (que treina no União), as americanas, a peruana, enfim adversarias muito boas— projetou.
O Brasil ainda garantiu mais quatro medalhas neste último dia de natação no Pan. Guilherme Costa, o Cachorrão, ganhou seu quarto ouro em Santiago, deste vez nos 1.500 metros livre. O revezamento 4x100 metros medley misto garantiu uma prata e Leonardo Coelho foi bronze nos 200 metros medley.