Neymar não joga mais em 2023 — e em boa parte de 2024. Com a ausência do atleta por pelo menos uma temporada, o Al-Hilal terá que desembolsar cerca de US$ 112 milhões (aproximadamente R$ 599,32 na cotação atual) em salários e benefícios ao jogador. Por conta do grande período sem poder contar com o camisa 10 em campo, o clube saudita deve acionar um mecanismo da Fifa para receber uma indenização milionária, por meio do Programa de Proteção aos Clubes.
Implementado em 2012, o programa da entidade máxima do futebol se compromete a auxiliar financeiramente os clubes de todo o mundo em caso de um jogador inscrito em competições oficiais se lesionar.
Em um dos anexos da medida, a entidade futebolística solicita que, em contraponto à indenização financeira, todos os clubes são obrigados a liberar seus jogadores para as datas Fifa — partidas entre seleções. O fato de Neymar ter se machucado durante um jogo pela Seleção Brasileira, os trâmites para que o Al-Hilal possa usufruir do mecanismo deve ser facilitado.
O brasileiro assinou um contrato de dois anos com a equipe saudita, na última janela de transferências do meio do ano. No total do período, foi acordado entre ambas as partes o recebimento de 320 milhões de euros (cerca R$ 1,7 bilhão na conversão da moeda) por parte do atleta.
A lesão (e lesões) de Neymar
Neymar deixou o campo do Estádio Centenário, em Montevidéu, ainda no 1º tempo de Uruguai x Brasil, pela 4ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo 2026. Foi confirmado uma ruptura do ligamento cruzado anterior e do menisco do joelho esquerdo do atleta. Um procedimento cirúrgico será necessário, conforme comunicou a CBF na quarta-feira (18).
Desde que chegou à Europa, em 2014, Neymar sofreu inúmeras lesões em quase 10 anos. Ao todo, são 29 períodos fora dos gramados — a contar com o problema atual no joelho, a pior lesão do jogador em toda sua carreira.