A janela de transferências das cinco principais ligas do futebol europeu fechou nesta sexta (1). As grandes equipes da Espanha, Inglaterra, Itália, França e Alemanha fizeram contratações, mas o mercado de verão (na Europa) ficou ofuscado por conta da Arábia Saudita, que tirou jogadores relevantes para reforçar os clubes locais.
Dessa forma, a janela europeia se concentrou em jovens promessas, antes lapidadas a longo prazo, que vão ser cada vez mais exigidas de forma momentânea. Mesmo com as perdas de grandes nomes como Messi, Neymar, Benzema, Mané e, antes, Cristiano Ronaldo, o futebol europeu segue tendo craques e altos valores investidos nas contratações.
Inglaterra
O Chelsea foi a equipe que mais contratou e gastou no mercado. Foram 390 milhões de euros (cerca de R$ 2,1 bilhões) investidos em 12 contratações. Destaques para Nkunku, Disasi, Jackson, Ângelo, Lavia e Moisés Caicedo, esse último comprado do Brighton por 133 milhões de euros (R$ 715 milhões), maior da história da Premier League.
O atual campeão da Champions League e do Campeonato Inglês fez contratações mais pontuais. O Manchester City investiu 240 milhões de euros (cerca de R$ 1,3 bilhão) em Kovacic, Jeremy Doku, Matheus Nunes e Gvardiol, zagueiro que se destacou na última Copa do Mundo pela Croácia.
Ainda em Manchester, o United gastou 3 milhões de euros a mais que o rival e fez algumas apostas. A equipe contratou o goleiro Onana, finalista da Champions League da última temporada com a Inter de Milão, Mason Mount, ex-Chelsea, e Rasmus Hojlund, atacante norueguês considerado o novo Haaland — atacante do City.
O Arsenal por pouco não venceu a Premier League, e ficou claro que algumas peças eram necessárias para o título não escapar na reta final do campeonato. Por isso, os Gunners gastaram 232 milhões de euros (cerca de R$ 1,2 bilhão) para trazer Havertz, Timber e Declan Rice, volante que era do Aston Villa e foi disputado pelo Liverpool.
Este que foi o clube do big six mais cauteloso no mercado de transferências. Os Reds reforçaram o meio de campo com Mac Allister, Szoboszlai, Endo e Gravenberch, totalizando 179 milhões de euros (R$ 960 milhões). Os reforços vieram para suprir as saídas de Firmino, Henderson e Fabinho, que foram para o futebol saudita. O Newcastle, presente na Champions League desta temporada, abriu os cofres para contratar Sandro Tonali, do Milan, por 64 milhões de euros (cerca de R$ 343 milhões).
Espanha
No futebol espanhol, Real Madrid e Barcelona foram cautelosos na janela de transferências. Investindo 128 milhões de euros (R$ 687 milhões), sendo quase todo o valor na compra do inglês Jude Bellingham, o Real também comprou Arda Güler, promessa do futebol turco, Brahim Díaz e o goleiro Kepa (ambos por empréstimo) para suprir a ausência do lesionado Courtois.
O Barça gastou pouco. Os catalães sonharam com os retornos de Messi e Neymar, mas acabaram a janela com Gündogan, Iñigo Martínez e Oriel Romeu, que estavam com contrato livre. Além disso, o Barcelona acertou a vinda dos portugueses João Cancelo e João Félix por empréstimo. O Atlético de Madrid também seguiu a estratégia de buscar jogadores sem contrato e reforçou a defesa com Azpilicueta e Söyüncü.
Itália
O futebol italiano, apesar de ter colocado duas equipes entre as quaro melhores da Europa na temporada passada, não investiu muito. A Inter de Milão, vice-campeã da Champions League, gastou 59 milhões de euros (R$ 317 milhões) para trazer Marcus Thuram, Yann Sommer, Alexis Sánchez, Pavard, Klaasen e Carlos Augusto.
O Milan, semifinalista da competição europeia, foi o que mais gastou: 113 milhões de euros (pouco mais de R$ 605 milhões) investidos para trazer Loftus-Cheek, Luka Romero, Pulisic, Reijnders, Okafor, Chukwueze e Musah. A Juventus, que não disputará nenhum torneio continental, foi mais reservada, trazendo apenas Weah, por 12 milhões de euros (R$ 64 milhões), além de comprar em definitivo alguns jogadores que estavam emprestados ao elenco.
França
O Paris Saint-Germain sofreu com perdas importantes como Messi e Neymar. A equipe que era considerada uma das favoritas a vencer todos os campeonatos agora terá que trabalhar com jogadores menos badalados ao lado do craque Mbappé. O PSG investiu 317 milhões de euros (aproximadamente de R$ 1,7 bilhão) para trazer Dembelé, Manuel Ugarte, Skriniar, Asensio, Lee Kang-In, Lucas Hernández, Barcola e Kolo Muani
Alemanha
No futebol alemão, o Bayern de Munique segue soberano, mesmo com o equilíbrio na última Bundesliga. Pensando em ter mais tranquilidade na temporada 2023/2024, além de brigar pela Champions League, os bávaros investiram na chegada do atacante inglês Harry Kane, ex-Tottenham, por 100 milhões de euros (R$ 530 milhões). Além dele, o Bayern também gastou mais 60 milhões de euros para comprar Raphael Guerreiro, Laimer, Kim Min-Jae e Daniel Peretz.
O Borussia Dortmund contratou três jogadores no mercado alemão gastando 59 milhões de euros (aproximadamente R$ 315 milhões). Bensebaini, Nmecha e Sabitzer chegaram para ajudar o clube que busca destronar o Bayern, além de fazer parte do grupo da morte na Champions League.