Campeão no ano passado, em Eugene (Estados Unidos), o brasileiro Alison dos Santos ficou sem medalha nos 400 metros com barreiras no Mundial de Atletismo 2023, após chegar em quinto na final disputada nesta quarta-feira (23), em Budapeste.
O ouro ficou com o norueguês Karsten Warholm, que conquista seu terceiro título mundial.
Warholm dominou a prova com o tempo de 46.89, seguido por Kyron McMaster (47.34), das Ilhas Virgens Britânicas, e pelo americano Rai Benjamin (47.56).
Alison terminou em quinto, com o tempo de 48.10, depois de ter atingido a última barreira com o pé.
O norueguês, que já tinha conquistado os Mundiais de Londres 2017 e Doha 2019, era o grande favorito ao título.
No ano passado, em Eugene, ele terminou a prova em sétimo, quando ainda não estava 100% recuperado fisicamente de uma lesão na coxa.
Este ano, tudo correu bem do início ao fim para Warholm, que ao longo da temporada marcou o quarto e o quinto melhores tempos da história (46.51 e 46.52).
"Sinto que a medalha de ouro está de volta ao lugar a que pertence. É uma sensação incrível, foi uma corrida perfeita para mim", comemorou o norueguês Warholm.
Com o título mundial, o seu domínio nos 400 metros com barreiras volta a ser absoluto, já que também é o atual campeão olímpico e europeu, além de ser o recordista mundial da prova (45.94).
Já Alison (23 anos), grande esperança do atletismo brasileiro neste Mundial, fica fora do pódio num ano em que também passou por problemas físicos.
Em fevereiro, ele se submeteu a uma artroscopia no joelho direito devido a uma lesão no menisco lateral e só pôde voltar a competir em julho, na Liga de Diamante.
"Fico um pouco frustrado, pensei que poderia lutar pelo ouro, mas acontece. Somos atletas, são coisas que podem acontecer na pista. Agora o que tenho que fazer é aprender com esta prova, para que possa servir para as próximas", disse Alison na zona mista do estádio.
Até agora, a única medalha do Brasil no Mundial de Budapeste foi o bronze de Caio Bonfim na prova de 20km da marcha atlética.
* AFP