Apesar do crescente número de jogadores citados em conversas interceptadas pela Operação Penalidade Máxima, o Brasileirão não será interrompido. A afirmação foi feita por Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. O mesmo vale para a Série B, que também conta com jogadores investigados.
Em entrevista ao portal Uol, Rodrigues afirmou que até o momento somente jogadores estão sendo alvo das investigações e, por isso, não haveria motivos para congelar as competições.
— Não temos como suspender a competição. Não é (acusação) de um dirigente, não é de um presidente de clube, não é de um árbitro. Isso está sendo de atletas. A CBF espera que tenha um rigor de quem está fazendo as apurações. A CBF não tem poder de polícia e Justiça — destacou o dirigente.
Apesar de minimizar a situação, ele admitiu que o caso causa danos aos torneios. O presidente explicou que a entidade articula com a Fifa um modelo de investigação mundial relacionado à manipulação de resultados. Na sua visão, a CBF é vítima de toda a situação.
— A gente encaminha para o STJD. Que os causadores sejam suspensos de acordo com as leis — afirmou.
Rodrigues também afirmou ao portal que pretende fazer um reunião com os presidentes de clubes para discutir o tema.
A Justiça de Goiás aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público daquele Estado na segunda fase da Operação Penalidade Máxima. Desta forma, os 16 investigados, sendo sete jogadores, tornam-se réus. Entre os atletas estão Eduardo Bauermann, Fernando Neto, Gabriel Tota, Igor Cariús, Matheus Gomes, Paulo Miranda e Victor Ramos. Os demais acusados são apostadores ou membros do grupo responsável pelas manipulações.
A primeira fase da operação foi deflagrada em fevereiro e investiga o esquema de manipulação de partidas do Campeonato Brasileiro de 2022 e dos Estaduais de 2023.