O oposto Wallace foi punido pelo Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB), nesta segunda-feira (3), com um ano de suspensão da seleção brasileira de vôlei e 90 dias de banimento de todas as competições organizadas por entidades ligadas ao COB, da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) às federações estaduais e locais. A punição é mais uma consequência enfrentada pelo atleta em razão do episódio em que sugeriu, em suas redes sociais, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levasse um "tiro na cara".
O jogador foi condenado por promover e incitar a violência por meio da internet e das redes sociais. O tempo das suspensões passa a contar a partir da data originária do processo, 3 de fevereiro. No caso do banimento de competições, portanto, Wallace só fica livre para voltar a jogar no dia 3 de maio, quando a Superliga Masculina de Vôlei já terá se encerrado.
Antes disso, ele já estava afastado de seu clube, o Sada Cruzeiro, desde que a polêmica veio à tona, no dia 31 de janeiro. Na ocasião, o oposto, apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro, publicou fotos de uma visita a um estande de tiro em seu Instagram. Em interação com os seguidores, abriu uma caixa de perguntas e foi questionado se "daria um tiro na cara do Lula". Respondeu com uma enquete. "Alguém faria isso: sim ou não?"
As punições foram decididas por unanimidade no julgamento realizado nesta segunda-feira. O jogador ainda pode recorrer à unidade da Corte Arbitral do Esporte no Rio, antes de levar o caso para a instância máxima na Suíça.
O impedimento de jogar pela seleção por um ano não chega a afetar os planos de Wallace. Ele se aposentou da equipe nacional após os Jogos Olímpicos de Tóquio e chegou a voltar a jogar na disputa do Mundial do ano passado, mas considerou a participação seu último ato. De qualquer forma, o retorno inesperado deixou em aberto a possibilidade de defender o Brasil outra vez.