Às vésperas da Copa do Mundo Feminina, a Comissão Executiva da Federação Francesa de Futebol (FFF) anunciou a demissão da técnica Corinne Deacon nesta quinta-feira (9). A treinadora vinha de problemas de relacionamento com atletas. Três delas chegaram a deixar a equipe nacional por reprovação ao trabalho da treinadora.
No comunicado oficial, a federação prometeu analisar o caso e tomar um decisão rápida para não prejudicar a preparação para o Mundial da Austrália e da Nova Zelândia, em julho e agosto. A França está no Grupo F, com o Brasil, Jamaica e Panamá. Apesar de uma análise positiva do trabalho, houve o reconhecimento que o clima entre técnica e time eram insustentáveis.
"Se a FFF reconhece o envolvimento e a seriedade de Corinne Deacon e do seu staff no exercício da sua missão, verifica-se que as avarias observadas parecem, neste contexto, irreversíveis. Perante estes elementos, foi decidido pôr termo à missão (finalizar o trabalho) de Corinne Deacon à frente da seleção feminina francesa. Esta mudança de treinador insere-se numa nova ambição global liderada pela FFF em prol do desenvolvimento do futebol feminino e do desempenho da seleção francesa", diz um trecho do comunicado da Federação Francesa.
Em declarações de amor à equipe nacional, mas sob justificativa que precisava "preservar a saúde mental", a experiente capitã Wendie Renard anunciou, há duas semanas, que não defenderia mais a seleção por causa da relação conturbada com Corinne Deacon. No mesmo dia, as atacantes titulares Diani e Katoto seguiram o mesmo caminho.
Com a atitude, a federação espera que as jogadoras voltem à seleção, para que a França não dispute a Copa enfraquecida.