A Ferrari lançou seu novo carro, o SF-23, nesta terça-feira (14), e já mandou o veículo para a pista em Maranello, diante de uma arquibancada com fãs da escuderia. Charles Leclerc foi o primeiro a pilotar e teve a primeira volta transmitida ao vivo para o mundo todo. Depois dele, foi a vez do parceiro Carlos Sainz Jr fazer os testes. A ordem de entrada na pista, contudo, não indica uma hierarquia interna. Segundo Frederic Vasseur, chefe da equipe italiana desde dezembro do ano passado, os dois receberão a mesma dose de pressão ao longo da temporada 2023.
— Honestamente, não me importo (quem é o mais rápido). O mais importante é ter a Ferrari em primeiro lugar - essa é a meta de toda a equipe. Com certeza, vamos pressionar os dois pilotos da mesma maneira. Vamos ver o que acontece no Bahrein, mas o mais importante é colocar a Ferrari em primeiro lugar — afirmou o dirigente francês ao ser questionado sobre o assunto durante a apresentação do SF-23.
Vasseur tem a missão de levar a Ferrari de volta ao topo da Fórmula 1. A equipe não tem um piloto campeão desde 2007, ano do título de Kimi Raikkonen, e não vence o Mundial de Construtores desde 2008. "No final das contas, acho que o mais importante é ter sucesso - teremos que entregar. Não quero ficar muito feliz porque estou na Ferrari. O mais importante é vencer e o desafio está à nossa frente", afirmou o chefe ferrarista.
Durante a temporada passada, a Ferrari teve um bom desempenho nas primeiras corridas, especialmente com Charles Leclerc, mas viu Max Verstappen crescer rapidamente e dominar o campeonato. Um dos problemas enfrentados em 2022 foi a confiabilidade da unidade de potência, que recebeu toda a atenção dos engenheiros desde a dupla desistência em Baku.
— Nosso carro de 2023 é uma evolução daquele que corremos no ano passado, mas, na realidade, foi completamente redesenhado. No lado aerodinâmico, aumentamos a força descendente vertical para nos adaptarmos ainda mais aos novos regulamentos aerodinâmicos e alcançar as características de equilíbrio desejadas. A suspensão também foi redesenhada para apoiar a aerodinâmica e aumentar a gama de ajustes que podem ser feitos no carro — disse o chefe da área de chassis, Enrico Cardile.
O SF-23 também teve alterações no chassi e na pintura, agora com mais espaço para a cor preta junto ao tradicional vermelho. É possível observar algumas mudanças claras, como a haste mais baixa da suspensão dianteira e adaptações na asa dianteira. Para Leclerc, as primeiras impressões com o carro na pista foram boas
— Estou realmente ansioso por este novo carro e acho que fizemos um ótimo trabalho nele, tentando resolver os pontos fracos. Espero que seja melhor, mas o objetivo é vencer, claro. Quero dizer, a sensação de vencer é o que me motiva, motiva toda a equipe também, então estou realmente ansioso para voltar ao carro e espero tentar vencer o campeonato— afirmou o piloto monegasco.
Leclerc e Sainz poderão tirar mais conclusões sobre o SF-23 nos testes de pré-temporada, de 23 a 25 de fevereiro, no Bahrein, onde também será realizado o primeiro GP do ano, no dia 5 de março.