Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, será o chefe da delegação da Seleção Brasileira no Catar. Este foi um pedido do grupo de trabalho, liderado pela comissão técnica, com o apoio dos jogadores. Ele, que foi eleito em março de 2022, vai para o seu primeiro Mundial como o comandante da entidade.
Nesta segunda-feira (7), após a convocação dos 26 jogadores, Ednaldo atendeu com exclusividade a reportagem da Rádio Gaúcha e de GZH na sede da CBF. Na conversa, falou da preparação para a Copa do Mundo e também sobre a relação com os clubes do Rio Grande do Sul.
Qual é a sua avaliação da lista e a preparação da Seleção para a Copa?
Seleção convocada. Temos convicção e acreditamos muito no trabalho da comissão técnica e do Tite. Foi o que tivemos de melhor, sem desmerecer nenhum outro jogador que tenha deixado de ser convocado e contribuiu com a Seleção. É uma escolha em um universo de pelo menos 300 jogadores de alto nível. Cada brasileiro tem uma seleção diferente. Mas ninguém melhor do que esta comissão técnica, que foi visitar e acompanhar jogos ao vivo. Entendo que esta é a lista justa e coerente pelo que foi visto. Agora é acreditar que o entrosamento que estes atletas já construíram possa contribuir em uma competição curta como é a Copa do Mundo.
O senhor foi convidado para chefiar a delegação no Catar. Qual o simbolismo de ter o presidente da CBF como chefe da delegação?
O chefe da delegação precisa gozar da confiança da comissão técnica, mas dos atletas também. Agradeci a comissão técnica, tinha atletas que já tínhamos conversado também nos últimos amistosos. Muitos falaram de um comprometimento maior, de um foco total nesta Copa do Mundo. Vamos lá para dar nossa contribuição no que for solicitado. O trabalho é todo da comissão técnica e dos atletas. Serei uma pessoa para contribuir quando for solicitado.
Como está a relação da CBF com o futebol gaúcho?
Muito boa. Procuro ser uma pessoa de conciliação. Estou bem com todos. No futebol temos muitas demandas, algumas divergências, mas mais convergências. Dialogamos o que for melhor para o conjunto. Não temos relação ruim com ninguém. O Luciano Hocsman (presidente da Federação Gaúcha de Futebol) é um parceiro da CBF, com uma preocupação grande com seus filiados. Uma relação grande com os clubes, tanto o Inter como o Grêmio. . O Alessandro Barcellos, inclusive, foi quem nos deu a ideia de realizarmos o seminário contra o racismo e a violência. Abraçamos esta ideia. E Romildo Bolzan é uma pessoa competente, de diálogo, e que procurou ajudar o futebol. Desejo que quem vier a sucedê-lo tenha este mesmo perfil.
O 2023 da Seleção Brasileira só começará após a Copa do Mundo ou algo do planejamento já foi iniciado?
Só vou tratar deste tema após a Copa. Primeiro, por acreditar no trabalho todo que está sendo feito pelo Tite. Segundo, por respeitar o trabalho dos demais envolvidos. Seria controverso estar discutindo situações de comissão técnica futura com um trabalho em andamento. Queremos que este trabalho tenha sucesso e que possamos voltar ao Brasil com o Hexa. E, a partir daí, com toda tranquilidade que o assunto merece, começar a tratar disto.