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Os ataques poderosos (e diferentes) que levaram Passo Fundo e São Luiz à final da Copa FGF

Equipes somaram 54 gols, mas construção das artilharias passou por um centroavante matador de um lado contra um sistema colaborativo do outro

Rafael Diverio

De Passo Fundo

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Montagem sobre fotos de Dayana Giacomini e EC São Luiz / Divulgação
Michel (acima) é o goleador do campeonato, enquanto trio do São Luiz (João Felipe, esquerda, Edipo, centro, e Negueba) divide os gols

Que ataques poderosos têm os dois finalistas da Copa FGF. São Luiz e Passo Fundo, somados, atingem 54 gols na competição até aqui. Mas para chegar a esses números as duas equipes percorrem caminhos bem diferentes. Enquanto a equipe de Ijuí conta com um sistema mais colaborativo, por assim dizer, os passo-fundenses apostam as fichas em um dos maiores goleadores recentes do futebol gaúcho. A decisão está marcada para 16h de sábado, no Estádio Vermelhão da Serra.

Dos 26 gols marcados pelo Passo Fundo na Copinha, Michel fez 11. É o goleador, disparado, da competição. Nenhuma novidade para o centroavante de 33 anos, que faz parte de um seleto grupo. Ao lado de nomes como Baltazar, Claudiomiro, Valdomiro, Jajá e Damião, está na prateleira dos jogadores que foram duas vezes artilheiros do Gauchão. A coincidência é que uma (em 2015) foi pelo Passo Fundo e a outra (em 2018) se deu pelo São Luiz. O clube passo-fundense, aliás, tem outro jogador nesta lista: Felipe. E completa a nominata o ícone do futebol gaúcho, Sandro Sotilli.

É no faro artilheiro que Michel aposta para dar a volta em cima do São Luiz. Na partida de ida, o time de Ijuí venceu por 3 a 1. Assim, ao Passo Fundo servem vitórias com mais de um gol de diferença para ter chance (se ganhar por dois, leva para os pênaltis, acima de três é campeão direto).

— O jogo foi equilibrado. Tivemos chance de fazer mais gols, eles também. Precisamos estar atentos e aproveitar as oportunidades. Sobre marcação especial? Já me acostumei. Tenho de ficar pronto para botar na rede quando a chance aparecer — afirmou o centroavante.

No São Luiz, os 29 gols são mais distribuídos. No trio final, por exemplo, o meia-atacante Negueba e o atacante Édipo têm cinco cada, e o centroavante João Felipe soma seis. A força ofensiva se destaca mais do que as individualidades. A defesa da equipe comandada por William Campos também mostra qualidade: levou apenas oito gols desde o início da Copinha.

O otimismo é grande pela vitória em casa. Apesar disso, o São Luiz sabe que não terá vida fácil em Passo Fundo, como revela Negueba:

— Eles têm uma equipe qualificada, que gosta de jogar, equipe parecida com a nossa e com um centroavante goleador do campeonato. Temos de tomar cuidado, mas sabemos da qualidade do São Luiz. Vamos lutar por esse título.

O título, vale lembrar, dará ao campeão também uma vaga na próxima Copa do Brasil. Qual dos ataques estará lá?


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