A campeã da Copa América Feminina 2022 será conhecida neste sábado (30), na decisão marcada para às 21h, no estádio Alfonso López, em Bucaramanga. O duelo reserva a busca do Brasil pelo octacampeonato e a luta da Colômbia por uma taça inédita.
As duas seleções chegam para a finalíssima com campanhas semelhantes. Na primeira fase, se classificaram como líderes em suas chaves somando 12 pontos: venceram todas as quatro partidas. Na semifinal, as colombianas eliminaram as argentinas com uma vitória simples, por 1 a 0. Enquanto as brasileiras passaram pelas paraguaias com um resultado de 2 a 0.
Além da possibilidade de soltar o grito de campeã, a passagem para a decisão já garantiu presença em competições futuras: os dois países estarão na Copa do Mundo de 2023 de Austrália e Nova Zelândia e nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Vale destacar ainda que está é a primeira vez em que haverá premiação para campeã (1,5 milhão de dólares) e vice-campeã (500 mil dólares).
Para a Seleção Feminina, o título em 2022 pode representar a consolidação de um ciclo que vem sendo montado pela técnica Pia Sundhage. Sem Marta, Formiga ou Cristiane, o Brasil vai criando uma identidade com nomes como Lorena, Rafaelle, Tamires, Debinha, Angelina e Adriana.
Quando se fala em subir ao lugar alto do pódio, está poderá ser uma sensação inédita para diversas jogadoras deste elenco, inclusive para a treinadora sueca, que assumiu o cargo em julho de 2019. Em três anos de trabalho, são 41 jogos, 24 vitórias, 11 empates e seis derrotas.
A decisão do título também reserva um duelo à parte entre representantes do futebol gaúcho. Lorena, goleira do Grêmio, e Duda Sampaio, meia do Inter, defendem a Seleção Brasileira, enquanto Mónica Ramos, zagueira gremista, estará vestindo as cores da Colômbia.
Goleira do Grêmio pode terminar a Copa América sem sofrer gols
Uma das novas apostas do Brasil é a goleira Lorena. A titular do Grêmio vem sendo convocada desde a montagem do novo ciclo após os Jogos Olímpicos de Tóquio. Aos poucos, conquistou a titularidade e não saiu mais do gol. Sua evolução está sendo apresentada a cada jogo. A melhor defesa da Copa América se estabeleceu sem a arqueira sofrer nenhum gol.
— Quanto mais partidas ela faz, mais confiante ela fica, mais calma terá e mais tomará a iniciativa. Por exemplo: na transição da defesa para o ataque, ela está mais rápida na reposição, lendo o jogo melhor. Essas situações fazem com que ela cresça. É uma ótima oportunidade para que ela ganhe experiência — avaliou a técnica Pia Sundhage.
Caso a camisa 1 não sofra gols na decisão de 90 minutos, irá consolidar a melhor defesa da Seleção Feminina em edições da Copa América.
Adriana na liderança da artilharia
A Copa América pode ser coroada de forma especial para Adriana. A meio-campista do Corinthians está em seu primeiro torneio oficial com a amarelinha. As lesões em 2019 e 2021, impediram a convocação à Copa do Mundo da França e aos Jogos Olímpicos de 2021.
A participação inédita está sendo construída em grande estilo. É da eficiência da camisa 11 que foram convertidos cinco dos 19 gols na competição. Números que fazem dela a artilheira do torneio até aqui. Ao todo, pelo Brasil, são 32 jogos e oito gols anotados.
Esperança da Colômbia está em Linda Caicedo
É dos pés e do talento de uma jovem de 17 anos que está depositada a esperança de título da Colômbia. Já comparada a Neymar por seus dribles e jogadas, Linda Caicedo é o presente e o futuro do futebol feminino colombiano. A atacante atua no Deportivo Cali.
As estatísticas dentro e fora de campo demonstram a qualidade que vem desempenhando. Na semifinal, foi com gol da camisa 18 que a seleção colombiana garantiu passagem para a finalíssima ao eliminar a Argentina. Além da conclusão certeira para o gol, a atleta tem se destacado pela precisão nos passes: aproveitamento de 84% neste jogo.
Linda já atuou em mais de 50 jogos como profissional. A joia ainda será requisitada para as disputas dos Mundiais das categorias sub-17 e sub-20.