Em busca do quarto título. Este é o lema da Celemaster no Gauchão de futsal feminino que se inicia no próximo final de semana. Nas últimas três temporadas, as gurias do time de Uruguaiana foram soberanas e venceram as rivais. Agora, a meta é manter a hegemonia.
Para isso, a Celemaster contará com a experiência da ala Marina Loures, que está na equipe desde 2020. Na carreira, muitas conquistas, entre elas: a Libertadores pelo Cianorte, em 2019. Pela equipe gaúcha, o bicampeonato da Liga Gaúcha e do Gauchão, ouro na Copa RS, no Desafio de Ligas e na Taça Farroupilha. Peça-chave nos títulos, ela espera ajudar na busca de mais um.
— Queremos sempre manter a hegemonia. Queremos sempre deixar os títulos aqui porque a Celemaster é muito grande e entra sempre para vencer, para ser campeã. Se vai ou não, isso depende de muitos fatores. Não dá para cravarmos. Mas que vamos brigar até o final para manter esse quarto título do Gauchão na Fronteira, isso é com certeza — fala Marina Loures.
A torcida de Uruguaiana é apaixonada pelo futsal. E, de acordo com a atleta, o carinho nas ruas e nas arquibancadas é aquele incentivo a mais para o time buscar os resultados positivos.
— As pessoas respiram futsal mesmo, tanto no feminino quanto no masculino. A Celemaster já bateu recordes e recordes de público aqui, em finais. A gente é tratado como ídolo mesmo. Andamos na rua, as pessoas nos param, pedem para tirar foto, pedem autógrafo. Chega no jogo, quer entrar na quadra, quer a nossa camisa, tem os sócios-torcedores que ficam loucos com a gente. Então, esse carinho e esse calor das pessoas mesmo me fizeram me apaixonar pela cidade — complementa a ala da Celemaster, que é natural de Minas Gerais:
— Cada dia que passa, a gente vem mostrando dentro de quadra o que eles querem, que tem dedicação, que honra a camisa e a gente vai conquistando mais esse carinho. Hoje, tem gente que me para e que tem foto minha de papel de parede no celular. É fora de realidade mesmo. Eu sempre falo que se Uruguaiana fosse perto do resto do país, todo mundo ia querer jogar aqui. Porque aqui é muito diferente, e isso me fez me apaixonar ainda mais.
Para buscar o tetra do Gauchão, a Celemaster iniciou a preparação em março:
— Tivemos um período muito pesado em que era só treino, treino, treino e reforço muscular. Fomos pegando esse fortalecimento e a gente teve a Taça Brasil que conseguimos, à nível nacional, melhorar a colocação do Rio Grande do Sul e agora entramos numa pegada que é o que o jogador gosta, na verdade, que é treinar e jogar no final de semana. Viaja bastante e só para agora em dezembro. Tem bastante calendário. Mas para o Gauchão temos noção que temos de intensificar a preparação porque vai ser um nível bem alto, apesar de poucas equipes.
A Celemaster entrará em campo apenas na terceira rodada do Gauchão. A partida de estreia, contra a Malgi, foi adiada para 31 de julho. Portanto, o jogo de abertura será contra a ALAF, em 23 de julho, às 18h, no Ginásio Municipal Oscar Miranda Schimith, em Uruguaiana.
Fato curioso
Além de atleta, Marina também tem familiaridade com os microfones. Em março, ela foi convidada pela Rádio Charrua para a ser a repórter de quadra em todos os jogos da Uruguaianense. Se nas quadras ela já se destacava, nas transmissões não foi diferente.
— É muito engraçada essa história. Eu falo bastante. Então, todo mundo já me zoa por causa disso. Sempre que tem entrevista é "manda a Marina". E aí quando eu voltei para Uruguaiana, agora em março, eu recebi o convite da Rádio Charrua para ser a repórter de quadra no Gauchão. E aí acabou fazendo muito sucesso, as pessoas, por eu entender do que eu estava falando, gostaram. Fez muito sucesso, uma mulher ali naquele meio — complementa Marina:
— Eu fiquei bem feliz, e ainda brinco com o pessoal da rádio: "vocês me arrumaram um outro emprego e agora eu vou ficar por aqui mesmo".