De olho na fase final da Liga das Nações, que acontece de 13 a 17 de julho em Ancara, na Turquia, a seleção brasileira feminina de vôlei abriu a terceira fase com vitória suada por 3 a 2 sobre a China, em Sofia, na Bulgária, parciais de 25/20, 25/23, 18/25, 21/25 e 15/11. Destaque para Gabi, maior pontuadora da partida com 27 bolas vencedoras
Com mais uma vitória - sétima em nove partidas -, o Brasil se consolida na terceira colocação no geral, atrás apenas do líder Japão e dos Estados Unidos. As oito melhores seleções avançam para a fase decisiva.
Com boas jogadas pelo meio de rede e precisão nos ataques, a seleção fechou o primeiro set com 25 a 20. Destaque para a ponteira Gabi, que fechou a parcial com 10 pontos, inclusive o decisivo. Tudo deu certo às brasileiras em set preciso.
O Brasil começou bem o segundo set e abriu 5 a 3, mas alguns erros permitiram a virada para 9 a 7 quando as chinesas, enfim, pararam um ataque de Gabi. Nada que abalasse as comandadas de José Roberto Guimarães. Ele apenas pediu calma e o time virou para 16 a 12 com nova bola no chão de Gabi.
As chinesas reagiram e tiveram chance de empatar em 22, mas pararam no bloqueio de Kisy, outro destaque da seleção, que fechou a partida com 24 pontos. O Brasil não aproveitou a vantagem de dois pontos e permitiu o 23 a 23. José Roberto pediu tempo para ajustar o ataque. Em bela disputa por ponto, Gabi garantiu o sete point. A camisa 10 brasileira fechou a parcial com seu 20° ponto.
O terceiro set começou com chinesas ligadas e o Brasil cometendo erros bobos. Em toque na rede de Carol, 8 a 5 para a seleção asiática. A China tinha 10 a 7 quando viu a muralha brasileira do bloqueio garantir virada para 12 a 10.
Um pedido de tempo do técnico chinês surtiu efeito e nova reviravolta no placar, agora com 19 a 16. O Brasil se perdeu na reta final da parcial e José Roberto parou o jogo para tentar resgatar a confiança da equipe, mas de nada adiantou: 25 a 18 para a China.
Mantendo sua equipe em quadra em prova de confiança, José Roberto viu os erros continuarem e a China abriu 12 a 9 em saque na rede de Carol. "Estamos errando em cadeia. Vamos começar a jogar um pouquinho", cobrou o treinador em pedido de tempo. Não obteve êxito e optou por trocar de levantadora, com Roberta na vaga de Macris. A seleção melhorou e encostou em 19 a 18. Mas a China virava todas as bolas, com Li acertando a mão, e igualou o jogo em 2 a 2 com 25 a 21 em parcial sem nenhum bloqueio das brasileiras.
O tie-break começou com titulares em quadra e vantagem de 4 a 2 após ace de Roberta. Em set mais curto, erros não podiam acontecer e as rivais empataram também em ace. Os saques faziam a diferença e o Brasil abriu 8 a 5. A vantagem de três pontos se manteve com bloqueio e 12 a 9. Com ace, Gabi deixou a seleção a um ponto da vitória: 14 a 10. As chinesas viraram, mas o triunfo veio em bloqueio duplo e 15/11.
— Foi uma vitória muito importante. Sabíamos que seria um jogo difícil. Começamos a partida muito bem, pressionado no saque, que é a nossa característica. No terceiro e no quarto sets cometemos alguns erros e a China cresceu na partida. No quinto set fomos com tudo, com uma mentalidade diferente e fiquei muito feliz com a postura do time. Não é fácil voltar para a partida depois de perder dois sets consecutivos. Sacamos melhor, defendemos bem e o nosso sistema de saque e bloqueio foi mais eficiente. Temos que seguir com esse crescimento gradativo para conseguir nossa classificação na melhor posição possível — destacou Gabi, que terminou o jogo como a maior pontuadora com 27 acertos, sendo 24 de ataque, dois de bloqueio e um de saque.
A seleção brasileira volta à quadra somente na quinta-feira, diante da Coreia do Sul, definida por José Roberto Guimarães como "perigosa". Sexta-feira a seleção encara as donas da casa e no sábado fecham a fase contra a Tailândia.