Rodrigo Crivellaro Dias da Costa soprou o apito 81 vezes na partida entre Avenida e Pelotas, válida pela terceira rodada da Série A-2. Destas, quatro foram para começar e terminar cada tempo. Trinta e três, para assinalar faltas, sendo um pênalti. Mais quatro, para indicar começos e finais de paradas técnicas devido ao calor. Em 98 minutos de jogo, o Estádio dos Eucaliptos, em Santa Cruz do Sul, ouviu bem mais "Joga!", "Vamos lá, goleiro!", "Dá espaço, dá espaço!" do que o estridente trilar do assopro. O comportamento discreto e a tranquilidade, que lhe conferem o inusitado apelido de Soneca, deixam ainda mais inexplicável a agressão que ele sofreu há seis meses. O chute na cabeça desferido por Willian Ribeiro, então jogador do São Paulo-RG, quando estava já deitado no chão, esteve perto de lhe tirar os movimentos ou inclusive de provocar coisa pior. O primeiro assopro, para indicar um minuto de silêncio, poderia ter sido em sua memória.
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Rodrigo Crivellaro soprou o apito 81 vezes: força da família e perdão, como foi a volta ao campo do árbitro agredido
Os bastidores, a atuação, o apoio e o futuro do juiz que quase teve a carreira interrompida no ano passado