O presidente da Federação Polonesa de Futebol, Cezary Kulesza, anunciou neste sábado (26) pelo Twitter que a Polônia não vai enfrentar a Rússia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar. O país já tinha comunicado o desejo de não jogar em território russo na quinta-feira, quando a Ucrânia foi invadida militarmente a mando de Vladimir Putin, presidente da Rússia.
— Sem mais palavras, hora de agir! Devido à escalada da agressão da Federação Russa contra a Ucrânia, a seleção polonesa não pretende disputar o play-off contra a Rússia. Estamos conversando com as federações sueca e tcheca para apresentar uma declaração conjunta à FIFA — disse Kulesza, citando as outras seleções que poderiam, ocasionalmente enfrentar os russos em caso a equipe do país de Putin avançasse sobre a Polônia.
A decisão foi ratificada pelo astro da seleção e melhor jogador do mundo, segundo a Fifa, Robert Lewandowski. O astro do Bayern de Munique afirmou que os atletas e federações não podem fingir que nada está acontecendo na Ucrânia, que já contabiliza centenas de mortes e transgressões aos direitos humanos, inclusive com civis.
— Não consigo imaginar jogar uma partida com a seleção russa em uma situação em que a agressão armada na Ucrânia continua. Os jogadores e torcedores russos não são responsáveis por isso, mas não podemos fingir que nada está acontecendo. Para todas as pessoas que valorizam a liberdade e a paz, este é um momento de solidariedade com as vítimas da agressão militar na Ucrânia — afirmou Lewandowski, capitão da seleção, nas redes sociais.
O último posicionamento oficial da Fifa sobre o caso não bane os russos das eliminatórias, apenas se solidariza com as vítimas e diz que os russos precisaram encontrar um país alternativo para jogar.