Na coordenação das seleções femininas desde setembro de 2020, Duda Luizelli foi demitida pela CBF no início deste ano. Atuando para o desenvolvimento da modalidade, na preparação do grupo principal para a disputa da Copa América — com a montagem de calendário, com jogos e amistosos —, a ex-jogadora foi surpreendida com a decisão, que chegou por meio de uma ligação telefônica.
Em entrevista ao programa Gaúcha Mais, da Rádio Gaúcha, nesta segunda-feira (31), Duda relatou que o seu desligamento não teve maiores esclarecimentos. A informação repassada foi de que a Confederação é regida por um sistema presidencialista, e que se tratava de uma decisão presidencial.
— Na verdade, a minha saída não teve muita explicação. Foi me passado, por telefone, uma informação de que era um sistema presidencialista, era uma decisão do novo presidente da CBF. Quando entramos, era uma gestão do Rogério Caboclo, onde o objetivo dele era levar o Brasil a ser melhor do mundo em pouco tempo - declarou.
Em comunicado oficial, a CBF anunciou que a decisão foi tomada de forma conjunta pelo presidente em exercício da CBF, Ednaldo Rodrigues, e pelo vice-presidente e responsável pelo Departamento de Seleções, Gustavo Feijó. Em nota, a entidade escreveu: "A CBF agradece à Duda Luizelli pela dedicação com que desempenhou a função e deseja sucesso em seus próximos desafios."
A ex-coordenadora afirmou que não foi possível um contato com o novo mandatário. No dia em que esteve na sede da CBF também não encontrou ninguém, pois era dia de jogo da Seleção. A expectativa e a torcida fica para Aline Pellegrino, que está à frente do cargo.
— Infelizmente, a gente não teve a oportunidade de falar com o novo presidente. No dia em que eu fui na CBF assinar todos os documentos, não tinha ninguém, era um dia de jogo do Brasil. Agora é torcer para que a Aline (Pellegrino) faça um grande trabalho. Passei (para ela) todo aquele trabalho que a gente fez nesse um ano e quatro meses. Ela vai ter tudo o que precisar de mim — destacou.
Duda ainda espera ter alguma conversa com os representantes. Segundo ela, a ideia é que as portas fiquem abertas:
— Se não (for) com essa gestão, quem sabe com uma próxima.