O choro de dor de Luisa Stefani deitada na quadra enquanto o ponto seguia, revelava que algo grave estava por vir. A tenista brasileira deixou a quadra nas semifinais do Aberto dos Estados Unidos de cadeira de rodas a caminho de um hospital em Nova Iorque. Após exames, ela fez um vídeo para revelar o que todos temiam: sofreu rompimento de ligamento do joelho direito. A paulista iniciou tratamento e apenas nos próximos dias saberá quais procedimentos deverão ser tomados.
Ao lado da canadense Gabriela Dabrowski, Luisa fazia história no torneio, ao recolocar o tênis feminino brasileiro em uma semifinal de Grand Slam após 39 anos. Claudia Monteiro foi vice-campeã em Roland Garros nas duplas mistas, em 1982. A paulista sonhava repetir o feito de Maria Esther Bueno, campeã de duplas em 1968, também no US Open.
— Já estou aqui para falar que já estou no quatro, dia foi longo, foi difícil e obviamente com uma surpresa não muito agradável. Queria passar aqui para avisar que os resultados dos testes saíram e realmente eu tive um rompimento de ligamento do joelho — informou Stefani em suas redes sociais.
— Bom, os próximos passos eu realmente ainda não sei, estou conversando com os médicos, com minha equipe, para fazer mais decisões, saber como meu corpo vai reagir e quais serão os próximos passos, mas por enquanto só para avisar que estou bem e que a gente vai passar por cima disso tudo. Queria agradecer todo o apoio e carinho, as mensagens, a preocupação. Não fiquem preocupados, vai tudo dar certo, é só uma surpresa inoportuna e já, já a gente passa por cima de tudo isso — falou a jogadora de 24 anos.
Número 17 no ranking de duplas, ela ganhará mais quatro posições após a bela campanha nos Estados Unidos. Mas o sonho do inédito título foi adiado e ela não escondeu todo o seu descontentamento com o "imprevisto". Espera que apenas com tratamento consiga voltar às quadras e promete retornar com tudo para, enfim, ganhar um título de Grand Slam.
— Estou bastante chateada pois vinha em um embalo muito especial e no melhor momento da minha carreira. Enfim, um imprevisto e surpresa que eu nunca podia esperar ou me preparar, mas o sonho do Grand Slam continua, só vai ter que esperar um pouco mais. Os médicos pediram alguns dias para ver como meu corpo vai reagir e decidir os próximos passos do tratamento — contou a medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio ao lado de Laura Pigossi, outro feito inédito para o tênis brasileiro.