A seleção brasileira feminina de vôlei perdeu a final da Liga das Nações, em Rimini, na Itália, de virada, nesta sexta-feira (25), para os Estados Unidos, por 3 sets 1, com parciais de 28/26, 23/25, 23/25 e 21/25. Foi o terceiro título norte-americano na competição.
O técnico José Roberto Guimarães colocou em quadra como titulares Macris, Tandara, Carol, Carol Gattaz, Gabi, Fernanda Garay e Camila Brait. As norte-americanas, com apenas uma derrota, contavam com a força da central Foluke Akinradewo e da ponteira Michell Bartsch-Hackley, além da experiência de Jordan Larson, uma das melhores ponteiras passadoras do mundo.
No primeiro set os EUA começaram melhor e abriram 3 a 0. O Brasil só foi igualar o placar em nove pontos e logo depois assumiu a liderança. Com boa atuação do ataque, o equipe brasileira abriu 17 a 13, mas viu as rivais encostarem após um erro de Macris e Carol : 19 a 18. A disputa ficou dura e as norte-americanas empataram 21, mas mesmo assim a equipe de Zé Roberto teve a chance de fechar com 24 a 23. Tandara errou e as comandadas de Karch Kiraly fizeram 25 a 24.
Logo depois, a árbitra deu uma bola fora do ataque do Brasil, mas Zé Roberto Guimarães acionou o video-check, que apontou um toque no bloqueio dos EUA, que perderam um pouco a concentração e o Brasil fechou em 28 a 26.
O segundo set foi disputado ponto a ponto, sem que uma equipe conseguisse escapar no placar. O Brasil teve 16 a 14, após erro norte-americano no ataque, mas tomou a virada para 21 a 20, quando Tandara errou. Daí até o fim da parcial as americanas se mantiveram em vantagem até o 25 a 23.
No terceiro set, o Brasil começou melhor e esteve na frente até 11 a 8. Os EUA reagiram e viraram em 13 a 12. Com muita defesa, a seleção brasileira fez 19 a 18. Mas no final, Gabi e Rosamaria pararam no bloqueio e os EUA fizeram 2 sets a 1, com um novo 25 a 23.
A seleção brasileira começou bem o quarto set e fez 6 a 2. Mas com a entrada da oposta Andrea Drews, as nrte-americanas reagiram embaladas pelo enorme aproveitamento que a canhota teve no ataque. Além disso, os EUA conseguiram bloqueios importantes e diminuíram o moral brasileiro. A partir do empate em 17 pontos, o jogo foi todo para as adversárias, que fecharam em 25 a 21 e comemoraram o tricampeonato da competição.
Gabi foi a maior pontuadora entre as brasileiras, com 18 acertos. Tandara e a central Carol, com 17 pontos cada uma, também se destacaram na final. Pelo lado dos Estados Unidos, destaque para a ponteira Michelle Bartsch-Hackely, com 22 acertos.
— Foi uma grande campanha. Evoluímos muito na competição. O jogo contra os Estados Unidos foi decidido nos detalhes e acredito que saímos muito mais fortes dessa Liga das Nações. A sequência de jogos e a nossa evolução mostrou que estamos no caminho certo para os Jogos de Tóquio. Agora é seguir trabalhando forte para crescermos cada vez mais. Ficamos tristes com a derrota, mas esse jogo vai nos ajudar a ver onde podemos melhorar. O grupo está de parabéns por toda a entrega ao longo desses mais de 30 dias na bolha— avaliou Tandara, que foi eleita a melhor oposta da competição.
Na disputa da medalha de bronze, a Turquia derrotou o Japão por 3 a 0, parciais de 25/19, 25/16 e 25/17.
Confira a equipe ideal da Liga das Nações:
Ponteira - Michelle Bartsch-Hackely (EUA)
Ponteira - Gabi (Brasil)
Central - Eda Erdem Dúndar (Turquia)
Central - Carol Gattaz (Brasil)
Oposta - Tandara (Brasil)
Levantadora - Jordyn Poulter (EUA)
Líbero - Justine Wrong-Orantes (EUA)
MVP - Michelle Bartsch-Hackely (EUA)