A Uefa abriu nesta quarta-feira (12) um processo disciplinar contra o Real Madrid, Barcelona e Juventus, os últimos dos doze promotores da Superliga europeia por terem recusado até o momento a abandonar este projeto de torneio independente.
Executando as ameaças feitas na sexta-feira contra os três clubes, o organismo que comanda o futebol europeu nomeou "inspetores éticos e disciplinares" encarregados de realizar esta investigação "em relação ao projeto de uma chamada Superliga", anunciou a entidade.
"Mais detalhes sobre este assunto serão divulgados em devido tempo", divulgou a Uefa, sem especificar que "potencial violação do quadro jurídico" do organismo executivo é atribuída aos três clubes.
Entre as sanções previstas nos estatutos da organização, as mais severas para os clubes são "a exclusão de competições em curso e / ou futuras competições" e, para os dirigentes, "a proibição de qualquer atividade relacionada com futebol".
Ao anunciar a sua própria competição independente na noite no dia 18 de abril, na véspera do anúncio das mudanças no formato de competição da Liga dos Campeões, os seus doze promotores abalaram as estruturas do futebol europeu e ameaçaram a própria existência da Uefa.
Menos de 48h após esse anúncio, seis participantes ingleses abandonaram o projeto, acompanhados em seguida pelo Atlético de Madrid, Inter de Milão e Milan, e acabaram sendo reintegrados na Uefa na sexta-feira passada mediante a sanções financeiras moderadas e a promessa de não repetir a tentativa.
Mas, o Real Madrid -cujo presidente esteve à frente da Superliga-, o Barcelona e a Juventus continuam a não recuar e no sábado desafiaram a Uefa denunciando as suas "pressões e ameaças".
* AFP