O noticiário desta segunda-feira (31) teria sido descrito por Januário de Oliveira como "cruel, muito cruel". O ex-narrador de 81 anos, gaúcho de Alegrete, morreu vítima de parada cardíaca depois de 11 dias internado em um hospital particular de Natal, Rio Grande do Norte, onde morava com a família. Ele sofria de diabetes e estava debilitado por uma pneumonia.
Os bordões criados por Januário foram muito além da "crueldade" e ocupam até hoje a memória de quem acompanhava o futebol nos anos 1980 e 90 por TVE ou Band. Apelidos a jogadores do seu time do coração, o Fluminense, também marcaram época. Ézio, ex-camisa 9 do tricolor carioca, virou o "Super Ézio" na sua voz, assim como o botafoguense Valdir virou "The Flash" e o rival flamenguista Sávio foi promovido a "Anjo Loiro".
Januário atuou na Rádio Farroupilha e na Rádio Cultura de Bagé antes de ir para o Rio de Janeiro. Em terras cariocas, trabalhou na Rádio Mauá, Rádio Nacional e Rádio Globo, para depois ficar nacionalmente conhecido nos canais de televisão aberta.
Relembre os principais bordões:
- "Taí o que você queria, bola rolando"
- "Ele acha pouco, quer mais e vai a luta"
- "Ele sabe que é disso… é disso que o povo gosta!"
- "Tá lá um corpo estendido no chão"
- "Cruel, muito cruel!"
- "Sinistro, mas muito sinistro!"