Primeira a testar positivo para a covid-19 no Aberto da Austrália, a tenista espanhola Paula Badosa denunciou a situação de sua quarentena forçada. Em entrevista ao jornal espanhol Marca, a atleta revelou que as "condições são lamentáveis" e que "não esperava isso dos organizadores". Ela e outros 72 jogadores foram transferidos para hotéis. Eles terão de cumprir isolamento social por 14 dias em decorrência da confirmação de casos.
— A primeira coisa que se recomenda quando se tem um vírus é abrir as janelas dos quartos para que o ar flua. Não tenho janelas e meu quarto mal mede 15 metros quadrados — lamentou Badosa, que ainda acrescentou:
— É óbvio que a única coisa que respiro é o vírus. Pedi produtos de limpeza, como aspirador, e não me deram nada.
A organização do Aberto da Austrália informou que fornecerá material aos tenistas que estiverem em quarentena. Alguns deles converteram seus quartos em academias. Badosa, contudo, afirma sentir-se "abandonada" por não ter recebido "material de treino".
A tenista está em dúvida se pode ter se infectado na viagem de ida à Austrália ou na estada anterior, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, onde disputou o primeiro torneio da temporada de 2021.
— Se fui infectada em Abu Dhabi, há mais opções que o coronavírus — disse ela, lembrando que a cepa britânica da covid-19, mais contagiosa, foi detectada em seu avião.
Badosa explicou que "se tivesse o vírus normal", sairia entre 30 ou 31 deste mês, mas se fosse a cepa britânica, sairia em 5 de fevereiro, apenas três dias antes do início da competição.