Antes mesmo de se aposentar oficialmente dos gramados, Diego Armando Maradona, que morreu na tarde desta quarta-feira (25), já se aventurava como treinador de futebol. No período em que estava suspenso pela FIFA em virtude do doping na Copa do Mundo de 1994, o ex-camisa 10 da Argentina chegou a comandar, por pouco tempo, o pequeno Textil Mandiyú, da cidade de Corrientes, e também o Racing.
Don Diego parece ter pegado gosto por estar fora do gramado depois que treinou a seleção argentina de 2008 a 2010, quando inclusive dirigiu a equipe de Messi e companhia na Copa do Mundo da África do Sul, mas acabou sendo derrotado nas quartas de final para a Alemanha.
Logo depois que deixou a seleção, Maradona engatou um trabalho nos Emirados Árabes Unidos, sendo comandante do Al Wasl, de Dubai, onde permaneceu de 2011 a 2012, mas saiu sem títulos. Cinco anos depois, ele retornaria ao país, mas para treinar o Al-Fujairah, onde também ficou por pouco tempo e não conseguiu títulos, saindo em de lá em 2018.
No México, o treinador parece ter se encontrado e alcançado uma sinergia com o Dorados de Sinaloa, time da segunda divisão mexicana. Lá, chegou a final do Apertura e do Clausura, mas acabou perdendo e não conseguindo ascender com a equipe para a primeira divisão do futebol mexicano (lá só sobe um time). Sua trajetória na América Central acabou, inclusive, virando uma série de streaming, chamada "Maradona no México".
Depois disso, no ano passado, retornou à Argentina para treinar o Gimnasia y Esgrima, que brigava para não ser rebaixado no campeonato nacional. Com sete vitórias em 22 jogos, a trajetória de Maradona à frente da equipe foi encurtada pela pandemia de coronavírus, o que garantiu que o time não fosse rebaixado ao final da temporada.
Recentemente, em junho, o treinador havia renovado o seu contrato com a equipe até 2021. Como técnico na Argentina, passou por momentos de exaltação, como quando em uma partida contra o Newell's Old Boys foi recebido com festa e com um trono à beira do gramado.