A Corte Arbitral do Esporte (CAS), principal jurisdição do mundo esportivo, decidiu nesta segunda-feira (13) autorizar, após o julgamento da apelação, a participação do Manchester City nas próximas competições europeias, revertendo a pena que condenava o clube inglês a dois anos de suspensão por não cumprir o Fair Play Financeiro (FPF).
"O Manchester City não disfarçou seus contratos de patrocínio, mas falhou em cooperar com a Uefa", entidade que administra o futebol europeu, afirma o CAS na decisão.
O clube, que pertence ao xeque Mansour bin Zayed bin Sultan Al Nahayan, dos Emirados Árabes Unidos, e é treinado por Pep Guardiola, foi condenado apenas a pagar uma multa de 10 milhões de euros (US$ 11 milhões) à Uefa, ao invés dos 30 milhões de euros inicialmente decididos pela entidade.
A Uefa acusou o City de inflar a receita com seus patrocinadores vinculados ao Abu Dhabi United Group, empresa do proprietário do clube, para cumprir com as regulamentações estritas do FPF entre 2012 e 2016.
Em um comunicado divulgado imediatamente após a decisão do CAS, o Manchester City "comemora as implicações da decisão de hoje, que valida sua posição e o conjunto de provas apresentadas".
Desde que o xeque Mansour comprou o clube há 12 anos, o papel do City no futebol inglês e continental mudou, deixando de lado sua tradicional rivalidade com o United para virar uma potência da Premier League, com a conquista de quatro campeonatos ingleses na última década (2012, 2014, 2018 e 2019) e duas FA Cups (2011 e 2019), mais títulos que nos primeiros 100 anos do clube.
O ambicioso projeto ainda não conseguiu conquistar o principal objetivo, o título da Champions League.