Gaúcha de Bagé, Marina Rodriguez terá a grande oportunidade da carreira neste sábado (7). Em Washington, capital dos Estados Unidos, a lutadora de 32 anos encara Cynthia Calvillo na luta co-principal do UFC on ESPN 7. Se vencer, mantém a invencibilidade no MMA profissional e começa a ganhar destaque para disputar cinturão do peso palha feminino.
Profissional desde 2015, Marina, que mora em Santa Catarina, tem 12 vitórias e um empate na carreira — vem de vitórias sobre Jessica Aguilar e Tecia Torres no Ultimate.
GaúchaZH conversou com a lutadora sobre os planos da carreira, evolução e preparação para o embate na América do Norte.
Estar invicta gera um peso extra para você?
Para mim, não muda. Eu sei do valor que têm todas as minhas vitorias, sem nenhuma derrota no cartel, mas não é um peso. É o resultado do meu trabalho. Sei que ninguém é invencível. Pode ser que em algum dia esse momento chegue, mas procuro estar sempre pronta para que isso não aconteça.
Como está a sua estratégia para a luta?
Minha estratégia é secreta, mas estou muito bem preparada. Sabendo que havia a possibilidade de lutar em dezembro, emendei o treinamento já direto depois da luta com a Tecia Torres, em agosto. Conseguimos evoluir bastante para estarmos prontos, seja em pé ou no chão.
O que você espera da Cynthia Calvillo?
Ela é uma atleta muito dura, experiente e aguerrida. Espero que ela venha para dentro, com vontade de trocar ou mesmo de buscar queda, que aí vai ser uma verdadeira guerra.
Você já se vê em condições de disputar o cinturão?
Acho que essa oportunidade não está muito longe. Não tenho pressa, estou evoluindo aos poucos. Essa é só minha quarta luta no UFC, mas creio que, fazendo mais algumas boas lutas e me tornando mais experiente, a chance pode chegar no ano que vem. Eu não fico pedindo, só faço meu trabalho, que é treinar e estar pronta para o que vier.
A sua vida mudou muito desde que entrou no UFC?
Hoje, eu sou uma atleta profissional remunerada. Eu tinha bastantes dificuldades para manter um alto nível lutando no Brasil, com os custos de alimentação, suplementação, treinos e viagens. Agora, posso dizer que estou bem realizada, treinando sem preocupações. Isso é o principal. Ainda não me sinto famosa quando ando nas ruas e continuo treinando e morando no mesmo lugar. O que mudou realmente foi o nível e a grandiosidade que o UFC tem, e que agora eu sou uma atleta remunerada.