A três etapas do fim da temporada 2019 do Circuito Mundial de Surfe (WSL), o brasileiro Gabriel Medina lidera a classificação com uma ligeira vantagem para o segundo colocado, seu compatriota Filipe Toledo. Em busca do tricampeonato, o paulista de 25 anos soma 44.695 pontos, contra 44.400 de Filipinho.
Mais do que essa diferença, o que dá o favoritismo ao bicampeão é principalmente seu bom histórico nos eventos da reta final do torneio. A próxima parada da WSL será em Hossegor, na França, onde a janela de competição vai das 4h (no horário de Brasília) desta quinta-feira (3) até o dia 13 de outubro. A ESPN e o site worldsurfleague.com transmitem ao vivo.
Logo na sequência, de 16 a 28 deste mês, será realizada a etapa de Peniche, em Portugal. A disputa chega ao fim de 8 a 20 de dezembro, com a derradeira etapa de Pipeline, no Havaí.
Nos últimos cinco anos, o desempenho nessas três etapas foi decisivo para Medina conquistar seus dois títulos mundiais. Mesmo nas edições em que não levou o troféu de campeão, o surfista de Maresias saiu-se bem na perna final. Nas suas 15 participações em Hossegor, Peniche e Pipeline de 2014 a 2018, em apenas três oportunidades ele não ficou entre os oito primeiros. Chegou à decisão em sete ocasiões e venceu quatro. Em outras duas, parou nas semifinais.
Nenhum dos seus perseguidores mais próximos, lista que inclui o norte-americano Kolohe Andino e o sul-africano Jordy Smith, ostenta um histórico parecido.
A boa relação entre Medina e as ondas francesas vem desde 2009, quando o brasileiro, então com 15 anos, começava a aparecer para o mundo. Na ocasião, ele venceu no país um evento paralelo ao da elite mundial, e seus aéreos chamaram a atenção do então dominante astro norte-americano Kelly Slater.
Dois anos mais tarde, Medina passou a integrar o quadro da WSL durante a temporada e conquistou seu primeiro título de etapa justamente em Hossegor. Ele chegou à decisão na França em mais quatro oportunidades desde então, com duas vitórias e duas derrotas em finais.
Soberano a partir do segundo semestre, o brasileiro costuma ter mais dificuldade na primeira metade da temporada. Recuperou-se, porém, nos últimos três eventos, com dois títulos e um vice-campeonato para assumir a ponta e vestir a lycra amarela destinada ao líder.
Enquanto isso, ele viu o havaiano bicampeão mundial John John Florence, que liderava a classificação e parecia um forte concorrente ao tricampeonato, romper o ligamento do joelho em junho, durante a etapa do Rio de Janeiro. A lesão o tirou de disputa até o fim do ano, algo que já havia ocorrido no ano passado.
Além do título mundial, a temporada 2019 da WSL também definirá os principais surfistas da Olimpíada de Tóquio, que marcará a estreia do esporte no programa dos Jogos.