O planeta conheceu seus atletas mais rápidos no fim de semana, nas finais dos 100m masculino e feminino no Mundial de Doha, no Catar. Christian Coleman, dos EUA, e Shelly-Ann Fraser-Pryce, da Jamaica, foram os vencedores da prova mais nobre do atletismo.
Favorito entre os homens, o americano superou no sábado o compatriota Justin Gatlin, campeão mundial em 2017, com o tempo de 9s76cm. Prata na disputa travada no Estádio Khalifa, Gatlin cruzou a linha em 9s89, e o canadense Andre de Grasse foi bronze com 9s90. O brasileiro Paulo André Camilo de Oliveira parou na semifinal (10s14).
Aos 23 anos, Coleman mostra que deverá ser o protagonista da prova dominada por Usain Bolt por quase uma década. Há dois anos, aliás, o americano já havia superado o jamaicano e levado a prata na final do 100m no Mundial de Londres. O recorde mundial de Bolt (9s58), porém, ainda continua distante.
Há outros motivos para o grito de comemoração de Coleman ao final da disputa. Até três semanas atrás, ele estava ameaçado de ficar de fora do Mundial por ter faltado três vezes ao exame antidoping. A Agência Americana Antidoping (Usada) chegou a abrir uma investigação, com ameaça de suspensão por 12 meses, mas um erro na data de registro da primeira ausência o salvou da punição.
No feminino, Shelly-Ann Fraser-Pryce confirmou sua volta triunfal ao topo ao conquistar seu quarto título mundial nos 100m. Após se retirar das competições para se tornar mãe, a jamaicana de 32 anos fez 10s71, apenas um centésimo acima de sua melhor marca na carreira. A prata ficou com a britânica Dina Asher-Smith (10s83) e o bronze foi para a marfinense Marie-Josée Ta Lou (10s90).
Bicampeã olímpica da prova (Pequim 2008 e Londres 2012), Shelly-Ann conquistou seu oitavo ouro em Mundiais (além dos quatro títulos nos 100m, também acumula vitórias nos 200m e no revezamento 4x100m). Para fechar um domingo perfeito em Doha, a jamaicana comemorou na pista com seu filho Zyon, dois anos.