SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - No Inter desde o início do ano passado, Wellington Silva ainda não deslanchou. Alternou boas atuações com momentos afastado do time e até do banco. Mas o cenário tem tudo para mudar. Depois de entrar e dar assistência para o gol de Paolo Guerrero na vitória por 1 a 0 sobre o Nacional, em jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, o ex-Fluminense quer seguir mostrando serviço.
Wellington entrou no segundo tempo. Em sua primeira jogada tentou um drible, pediu falta, mas Néstor Pitana não marcou. E na segunda vez que rondou a área adversária com domínio da bola, se livrou de dois marcadores e encontrou Guerrero no lado oposto. O peruano colocou na rede o gol da vitória gaúcha.
"Somos um grupo, todos têm potencial para jogar. Eu venho trabalhando, me esforçando, tive a chance de entrar e temos que pensar na equipe. Nosso grupo é muito forte e mostramos isso a cada jogo. Hoje foi mais uma prova, um jogo complicado, um time experiente", disse o meia-atacante.
"A gente tem que estar preparado. Eu tive a chance de entrar em um jogo que todo mundo quer jogar, a Libertadores é o sonho de todo jogador brasileiro, eu queria muito entrar, pude ajudar na jogada do gol. Foi muito importante, estou feliz e quero ajudar o grupo, que merece muito", completou.
Wellington recebeu elogios não apenas pela jogada do gol ou pelo que mostrou em campo, mas pela conduta na falta de oportunidades. Insatisfeito com a condição, buscou no campo a chance de jogar mais.
"O Wellington é importante, ele sabe disso. Quando o trouxemos para o Inter, tínhamos toda confiança nele. Ele passou por algumas lesões, eu não consegui dar a melhor oportunidade para ele. Mas o que ficou para trás, já passou. Novamente ele retoma a oportunidade. Consegui dar as chances, ele tem entrado bem e conseguido aproveitar. Todos nós temos dificuldades, ele passou por isso e soube administrar. É um menino importante para o grupo. Não estava tendo chance, teve, entrou e deu resposta", disse o técnico Odair Hellmann.
"E é importante frisar que jogador de futebol não pode ficar feliz quando está fora mesmo. Não tem que gostar do banco. Aqui não é colônia de férias. Tem que respeitar o companheiro, o treinador, porque as decisões são para o todo, mas tem que buscar espaço. Ele (Wellington) estava chateado, e tem que ficar mesmo. Mas respeitou o companheiro, a hierarquia, e temos um diálogo sempre para isso. Não tem que estar feliz quando não está jogando", completou.
Durante o período fora do time, Wellington Silva ganhou apoio dos companheiros. Querido pelos colegas de Inter, o jogador teve respaldo para mostrar seu melhor futebol. E agora quer seguir tendo chances no time.
"Nós tentamos dar o melhor suporte a todos. Conhecemos bem o Wellington e sabemos que precisamos dele, como de todos. Hoje foi o primeiro jogo que eu comecei como titular fora de casa. Várias vezes comecei no banco e nem por isso deixei de ser importante em alguns momentos. Hoje o Wellington foi muito importante, fez o lance do gol, entrou bem. O Nonato entrou bem, a defesa se comportou muito bem. Temos que ter a cabeça tranquila e cada um fazer o melhor para o coletivo seguir crescendo", explicou D'Alessandro.
Contra o Ceará, no sábado, pelo Brasileiro, Odair Hellmann deve escalar time misto e Wellington Silva pode ter chance de sequência na equipe. Com a vitória por 1 a 0 fora de casa na Libertadores, o Inter joga na próxima quarta-feira por qualquer vitória ou empate. Em caso de derrota por 1 a 0, a decisão da vaga nas quartas de final será nos pênaltis. Qualquer outra derrota leva o Nacional adiante na competição.