Em 4 de fevereiro de 2001, um jovem suíço, então com 19 anos, conquistava o Milan Indoor. Ao celebrar aquela primeira conquista, não imaginava que aquele gesto de 18 anos atrás seria visto outras 99 vezes. Roger Federer atingiu em Dubai a marca de 100 títulos na carreira. Ele é apenas o segundo homem a alcançar tal marca. Jimmy Connors ainda segue como o recordista, com 109 conquistas.
Não há limites para Federer. Aos 37 anos, o tenista suíço disputou 152 finais de simples na carreira, vencendo 65% delas. Vitórias em todas as superfícies, em quatro continentes, 19 países e 30 cidades. Cinquenta dos títulos de Federer vieram na Europa, 24 na América do Norte, 18 na Ásia e oito na Austrália. Não há limites para Federer.
Dos 100 títulos, 20 são conquistas de Grand Slam. Wimbledon, o preferido de Federer, já foi para as suas mãos oito vezes. A sala de troféus do suíço ainda ostenta seis conquistas no Aberto da Austrália, cinco títulos no Aberto dos EUA e uma conquista no saibro sagrado de Roland Garros. O suíço pode ter ganhado menos títulos do que Connors, mas 20 conquistas em Grand Slam, no tênis masculino, ninguém possui. Não há limites para Federer.
Federer venceu 50 jogadores diferentes nas finais que conquistou. Sua vítima mais frequente: Rafael Nadal. Eles se enfrentaram 24 vezes em finais, o espanhol venceu mais, 14. Porém, Federer venceu as últimas quatro finais entre eles e já sem o vigor físico de 18 anos atrás, quando conquistou o primeiro título. Não há limites para Federer.
Existe alguma maneira de alcançar a marca de Connors? Provavelmente não, tendo em vista sua idade e a exigência física de seu estilo de jogo. Mas em se tratando de Federer, não há limites que não possam ser superados. Como ele disse recentemente, enquanto estiver curtindo o circuito e convivendo em harmonia com sua família e obrigações, o adeus estará distante. E nós agradecemos. Longa vida ao maior tenista de todos os tempos.