Todos os olhos do mundo da NBA estão voltados para a Conferência Oeste. Depois de jogar toda a carreira no Leste, LeBron James mudou de lado e fechou com o Los Angeles Lakers pelas próximas quatro temporadas. Outros grandes times, como Golden State Warriors e Houston Rockets, também são do Oeste. Mas isso não quer dizer que não há talento do outro lado na temporada que começa na terça.
Logo no primeiro dia de jogos, dois dos melhores times se enfrentam. O Boston Celtics entra como grande favorito, sobretudo por causa dos retornos de Kyrie Irving e Gordon Hayward. O Philadelphia 76ers tenta manter a ascensão com os jovens Joel Embiid, Ben Simmons e Markelle Fultz. É um começo de temporada com ares de decisão.
Outro bom time do Leste é o Toronto Raptors. Depois de algumas boas campanhas em temporada regular seguidas por aparições decepcionantes nos playoffs, o único representante canadense da NBA arriscou e trocou pelo astro Kawhi Leonard — o risco está no fato de que só lhe resta um ano de contrato, mas o Raptors está disposto a pagar o preço e tentar convencê-lo a ficar no Canadá depois de 2019.
Ainda há times sem tanta qualidade no papel, mas sólidos, como Indiana Pacers (com Victor Oladipo e Doug McDermott), Washington Wizards (com John Wall e Bradley Beal), Milwaukee Bucks (com Giannis Antetokounmpo e Eric Bledsoe) e até o Miami Heat (com Goran Dragic, Hassan Whiteside e a última temporada da brilhante carreira de Dwyane Wade).
O Cleveland Cavaliers tentará curar as feridas após a saída de LeBron. As principais peças para liderar a reconstrução são Kevin Love, que virou o protagonista do time, e o novato Collin Sexton, selecionado na oitava escolha geral do último draft.
Ou seja, há pelo menos oito times — os oito que iriam para os playoffs — em condições plenas de fazer uma boa temporada. E há três times — Celtics, Raptors e 76ers — que são competidores reais, ainda que não favoritos, para buscar o título da liga — e equilibrar uma gangorra negativa para o Leste, que só ganhou três taças nos últimos 10 campeonatos.
Certamente, as maiores estrelas da NBA estão na Conferência Oeste. É de lá que deve sair o grande favorito ao título para as finais, em junho do ano que vem. Mas isso não quer dizer que não haverá talento e emoção no lado direito do mapa norte-americano.